O ABISMO LIGADO - I


Ele vos vivificou, estando vós, mortos nos vossos delitos e pecados.
(Ef 2:1)

Deus criou o homem à Sua própria imagem e lhe deu vida abundante. Ele não o fez como um robô, para amá-lo e obedecê-lo automaticamente, mas deu-lhe vontade e liberdade de escolha. O homem decidiu desobedecer a Deus e seguir o caminho de sua própria escolha. Ainda hoje continua se afastando de seu Criador.

A Bíblia diz que “porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3: 23). O homem escolheu o caminho do pecado criando, assim, um abismo entre ele e Deus e desde então tem procurado uma ponte para solucionar o seu problema crucial do desligamento de Deus.

O texto bíblico em Efésios 2:1-3 trás esclarecimentos importantes sobre os problemas do homem que afligem a raça humana desde a queda até os dias atuais. O texto começa esclarecendo que o homem está muito vivo e ativo fisicamente, mas nos pecados e delitos que tem, está separado de Deus, ou seja, está morto espiritualmente. Não tem ligação direta com Deus desde a queda no Jardim do Éden (Gn 3). Em consequência do desligamento de Deus o homem tem um vazio dentro de si que é do tamanho do mundo. Trata da falta de sentir-se valorizado como pessoa, sem propósito de vida e segurança interior. É insatisfeito consigo mesmo.

No versículo 2 diz que o ser humano “anda segundo o curso deste mundo, segundo o principe das potestades ... que opera nos filhos de desobediência”. Ora “curso" vem a ser os valores da sociedade e “opera” significa programar. Isto quer dizer que Satanás programa a sociedade a pensar que só é possível ser alguém de valor, isto é, encher o vazio interior, se preencher alguns requisitos que a sociedade gosta, tais como beleza, inteligência, riqueza, etc e, assim o homem vive numa correria louca atrás disso para sentir-se valorizado como pessoa. Logo, o homem é programado.

Além de morto, vazio e programado o homem é inclinado ao mal. O texto informa que "todos nós também antes andávamos nos desejos de nossa carne" (Ef 2: 3a). O homem nasce com uma natureza interior inclinada para o pecado, não obedecendo a Deus, mas “fazendo a vontade da carne e dos pensamentos” (Ef 2: 3b). Sentindo-se culpado tenta se livrar das culpas por meio de mecanismos psicológicos, desculpas esfarrapadas, etc, mas a culpa permanece.

Em conseqüência o homem está sob a ira de Deus (Ef 2: 3c), isto é, Deus não o protege por causa de sua vida pecaminosa e ofensiva a Seus princípios. Desta forma o homem está condenado a passar a eternidade longe de Deus e da felicidade eterna. Este é o seu problema crucial (Rm 3: 2; 6: 23).

Sentindo o seu vazio interior e castigado por sua consciência culpada que o condena, e temendo a ira de Deus, o homem tem procurado resolver de muitas maneiras o seu problema. Disto trataremos no próximo artigo dando continuidade ao assunto.

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