“José era o governador
da terra; era ele quem vendia a todo povo da terra; e vindo os irmãos de José,
prostraram-se diante dele com o rosto em terra.” (Gn 42:6)
Em Hebron, Jacó ficou alarmado com a fome que assolava a
terra. Tendo notícias que havia cereais no Egito, enviou seus dez filhos para comprarem
suprimentos, mas reteve o caçula, Benjamim, ao qual tinha um grande apego
depois da morte de Raquel e do desaparecimento de José, seu filho favorito (Gn
42:1-5).
Chegando ao Egito, os dez filhos de Jacó, na presença do
governador, se inclinaram diante dele, porém não o reconheceram devido estar de
aparência mudada e vestido como egípcio (Gn 42:6). Cumpriu-se neste evento, o
sonho de José, há vinte anos, em que seus irmãos se inclinariam diante dele (Gn
37:7).
José reconheceu seus irmãos, mas escondeu sua identidade, foi
áspero e os acusou de espiões (Gn 42:7-9). Atemorizados os irmãos se defenderam
dizendo serem homens retos, de uma mesma família e que apenas vieram ao Egito
para comprarem mantimentos (Gn 42:10-11).
José insistiu que os irmãos eram espiões e os encarcerou por
três dias e somente os libertaria quando trouxessem o irmão mais novo que havia
ficado com o pai (Gn 42:13-17). Ao terceiro dia José fez um acordo com os
irmãos, no qual consistia em libertá-los para levarem as provisões para suas
casas e trazerem o irmão mais moço.
Diante de tal circunstância e não sabendo que José os
entendia, pois este usava de interprete para falar-lhes (Gn 42:23), os irmãos,
assustados, admitiram que a causa de tudo que estava acontecendo eram consequências
do pecado que cometeram ao venderem seu irmão como escravo e, ainda, mentirem
ao pai que ele havia sido morto por uma fera (Gn 42:21-22).
José se retirou da presença dos irmãos e chorou. Retornando
depois, para obrigá-los a cumprirem o acordo, mas reteve Simeão como refém (Gn
42:24).
Posteriormente José ordenou que seus servos enchessem de trigo
os sacos e restituíssem o dinheiro de cada um em seu saco. Com as provisões os
nove irmãos retornaram para casa. No caminho um deles percebeu que o dinheiro
tinha sido devolvido e ficaram atemorizados e temeram por Simeão (Gn 42:25-28).
Ao chegarem a Canaã contaram tudo a seu pai, porém, Jacó se negou a permitir
que Benjamim viajasse ao Egito (Gn 42:36).
A fome se intensificou em Hebron. Jacó, novamente, enviou seus
filhos ao Egito para buscarem alimentos (Gn 43:1-2). Judá, após explicar ao pai
que não seriam recebidos pelo governador, a não ser que levassem o irmão mais
novo, comprometeu-se como fiador do mancebo perante Jacó (Gn 43:3-10), o qual
foi forçado a permitir que Benjamim viajasse com os irmãos. No entanto, enviou
presentes ao governador, dinheiro em dobro e o que foi devolvido na boca dos
sacos, porventura por engano (Gn 43:11-12).
Desta vez parecia tudo correr bem. O governador se mostrou
satisfeito com a honestidade dos irmãos e convidou-os para um almoço (Gn
43:15-17). Entretanto, com receio de serem incriminados por causa do dinheiro
que estava na boca dos sacos, na viajem anterior, os irmãos tentaram convencer
o mordomo de José, que não o haviam roubado. Simeão é libertado, se une ao
grupo e pela primeira vez, em mais de vinte anos, os doze irmãos estão juntos,
mas somente um é consciente disso (Gn 43:15-25).
Ao chegar em casa, próximo ao meio-dia, José reuniu-se com os
irmãos, perguntou pelo pai e viu o irmão mais novo que estava presente. José
ficou comovido ao ver Benjamim e retirou-se até seus aposentos onde chorou (Gn
43:26-30). Depois de lavar o rosto, retornou e ordenou que fosse servido o
almoço (Gn 43:31).
No almoço os irmãos foram acomodados numa mesa separados de
José, porque para os egípcios era abominação comerem com os hebreus (Gn 43:32).
Para surpresa, foram acomodados segundo suas idades e Benjamim foi servido com
uma porção cinco vezes maior do que a servida aos demais (Gn 43:33-34).
Após o almoço, José instruiu seu mordomo que colocasse dentro
dos sacos de trigo o dinheiro do pagamento e uma taça de prata de sua
propriedade o saco de Benjamim (Gn 44:1-2). Na manhã seguinte, quando os onze
irmãos partiram para Canaã com as provisões, José ordenou que os prendessem,
sob a acusação que haviam roubado uma taça de prata sua. Os irmãos negaram a
acusação e sugeriram que uma busca fosse feita, e aquele em cujo poder
estivesse a taça fosse morto e os demais levados como escravos. Em resposta o
mordomo de José disse que se tornaria escravo seu aquele que tivesse a taça e
os demais seriam inocentes. (Gn 44:4-10). Cada um abriu seu saco e foi
procedida uma revista pelo mordomo de José, começando pelo mais velho até o
menor e acharam a taça no saco de Benjamim (Gn 44:12).
Foram levados a José em profunda humilhação. Ao comparecerem
pela terceira vez diante do governador do Egito, Judá se adiantou e rogou que
aceitasse a sua vida em lugar da de Benjamim e, com lágrimas nos olhos,
lembrou-se que seu velho pai morreria se algo acontecesse com o jovem (Gn
44:13-34).
Não havia nada a fazer a não ser depender da misericórdia do
governador. José lhes pareceu duro, cruel e injusto, mas quando se aproximaram
em humilhação, dependendo de sua misericórdia, mostrou-se como um irmão cheio
de amor, com poder para lhes dar liberdade e vida. José, não podendo se conter,
ordenou que todos que estavam com ele se retirassem e quando ficou a sós com os
irmãos, revelou-lhes sua identidade (Gn 45:1-4).
“Disse, então José a seus irmãos: Eu sou José, vive ainda meu pai? E
seus irmãos ficaram pasmados diante dele”. (Gn 45:3). Depois do encontro
emotivo José disse-lhes que a estiagem se prolongaria por mais cinco anos e os
convidou para que viessem para o Egito e trouxessem Jacó. Garantiu a seus
irmãos que não guardou rancor e que Deus uniu-os para assegurar que Israel
chegasse a ser uma grande nação (Gn 44:4-15).
O Faraó soube da notícia, agradou-se e convidou a família de
José que viessem para o Egito, onde teriam a melhor terra e participariam da
sua fartura (Gn 45:16-22).
benjamin ja era nascido quando jose foi vendido
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