“Ora,
se o sonho foi duplicado a Faraó, é porque esta coisa é determinada por Deus, e
ele brevemente a fará.” (Gn 41:32)
Por alguma razão o Faraó mandou encarcerar seu copeiro-mor e
o padeiro-mor na prisão onde se encontrava José (Gn 40:1-4). Ali os homens
tiveram sonhos enigmáticos e Deus deu a José a habilidade de interpretar
corretamente os sonhos (Gn 40:5-19).
O sonho do copeiro foi interpretado que em três dias ele
seria libertado da prisão e restituído ao seu cargo de confiança no palácio do
Faraó (Gn 40:13). Então, José aproveitou para pedir ao copeiro que intercedesse
por ele junto ao Faraó a fim de remediar a injustiça que havia sofrido (Gn
40:14-15).
O significado do sonho do padeiro seria sua execução em três
dias, na qual o Faraó mandaria decapitá-lo e colocar sua cabeça sobre um poste
para servir de alimentação às aves (Gn 40:19).
Três dias mais tarde, no aniversário do Faraó, os sonhos do
copeiro e do padeiro se cumpriram exatamente como José havia predito. O copeiro
foi libertado e o padeiro decapitado. Livre e assumindo o seu cargo no palácio,
o copeiro-mor, diante da benção alcançada, esqueceu-se por completo da promessa
que havia feito a José, mas Deus não o esqueceu (Gn 40:20-23).
Dois anos depois, o Faraó teve sonhos misteriosos. Num de
seus sonhos apareciam sete vacas gordas e formosas que eram devoradas por sete
vacas magras e famintas e, em outro sonho, viu sete espigas mal formadas,
murchas e miúdas devorando sete espigas cheias e bem formadas que cresciam numa
só cana (Gn 41:1-7).
Ao amanhecer o Faraó, perturbado em seu espírito, consultou
seus sábios e magos sobre o significado dos sonhos, mas não foram capazes de
interpretá-los. Naquele momento, o copeiro-mor lembrou-se do talento de José em
interpretar sonhos e o recomendou ao seu senhor, relatando-lhe o que havia
acontecido há dois anos quando estava na prisão (Gn 41:9-13). Logo, por ordem
do Faraó, tiraram José da prisão por causa de sua habilidade, dada por Deus, de
interpretar sonhos. José se barbeou, mudou de traje e apresentou-se ao Faraó
(Gn 41:14).
Depois de ouvir os sonhos do Faraó, José os interpretou
imediatamente, dando glória a Deus, pois não perdia uma oportunidade para
exaltar seu Senhor (Gn 41:16, 28). Segundo José, ambos os sonhos tinham o mesmo
significado (Gn 41:29-32). Significava que o Egito passaria por sete anos de
abundância e prosperidade e depois viriam sete anos de escassez e fome.
Então, José aconselhou o Faraó, a nomear um administrador
prudente e sábio para supervisionar o programa agrícola nacional e a dividir o
Egito em distritos. Os
responsáveis pelos distritos se encarregariam de recolher a quinta parte da
produção durante os anos de abundância para estocá-los, sob o controle do
Faraó, para uso nos anos de escassez e fome (Gn 41:33-36).
O líder supremo do Egito ficou tão impressionado com a
interpretação de seus sonhos que promoveu José à posição de ser seu mordomo, ou
seja, o segundo homem em todo o Egito (Gn 41:37-41). No mesmo instante o Faraó
colocou em seu dedo o selo real, vestiu-o com roupas finas, colocou um colar de
ouro em seu pescoço, deu-lhe seu segundo carro como sinal que seria a maior
autoridade após o Faraó, decretou que todos se inclinassem a ele, mudou seu
nome para Zafnate-Panea, que significa “o que provê o sustento da terra” e lhe
deu uma esposa, filha de um sacerdote e político muito importante (Gn
41:42-45).
José tinha trinta anos (Gn 41:46), quando num só dia passou
da prisão para um cargo elevado no palácio. Depois de ter passado treze anos
servido na casa de Potifar e na prisão, Deus o abençoou. Sua esposa, Asenat,
lhe deu dois filhos varões, Manassés e Efraim (Gn 41:50-52).
Saindo da presença do Faraó, assumiu a sua função de
governador, fazendo uma revista em toda a terra do Egito e durante sete anos de
fartura abasteceu os depósitos de provisões. Exercendo a sua função de
administrador, “José ajuntou todo o
mantimento dos sete anos de fartura, que houve na terra do Egito, e o guardou
nas cidades; o mantimento do campo que estava ao redor de cada cidade,
guardou-o dentro da mesma” (Gn 41:48).
Como José havia predito, depois de sete anos de abundância seguiram-se
outros sete anos de escassez. Havia fome em todas as terras, porém no Egito
havia pão. Mais tarde houve fome no Egito e o povo clamou ao Faraó por pão e
este disse aos egípcios: “- Ide a José; o
que ele vos disser fazei” (Gn 41:88).
“Abriu José todos os depósitos, e
vendia aos egípcios, porque a fome prevaleceu na terra do Egito” (Gn 41:56)
e muitos povos, inclusive os hebreus, foram ao Egito para se abastecerem de
alimentos (Gn 41:57).
Deus é fiel e se alegra quando vê o valor da fidelidade na
vida dos homens. José cria na fidelidade de Deus e foi fiel a Ele. José não
deixou de ser fiel enquanto escravo, mordomo e encarregado dos prisioneiros.
Permaneceu fiel diante da traição, da mentira, da calúnia, da injustiça, ao ser
esquecido por quem ele havia ajudado e também quando recebeu poder nas mãos.
José foi da prisão para o palácio e passou o resto da vida
exercendo o poder e prestígio do próprio Faraó e, ao longo do caminho, salvou o
povo de Deus da fome.
Muitas pessoas enfrentam situações que parecem contrárias às
promessas de Deus. Contudo, não devem abrir mão de sua fé. Não devem murmurar
nem blasfemar, pois Deus continua no controle da história. O socorro sempre vem
do Senhor. Todos os males na vida de José só serviram para empurrá-lo rumo ao
posto de governador do Egito.
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