Gênesis - O mordomo fiél

“Assim José achou graça aos olhos dele, e o serviu; 
de modo que o fez mordomo da sua casa,
 e entregou na sua mão tudo o que tinha.” (Gn 39:4)

Os ismaelitas venderam José como escravo no Egito, conforme seus irmãos haviam previsto. No Egito, José vai parar na casa de Potifar, o capitão da guarda real do Faraó (Gn 39:1). A princípio seria um escravo do oficial, mas este viu qualidades especiais em José e fez do jovem hebreu o administrador de sua casa e de todos os seus bens. Nos tempos bíblicos todo homem bem sucedido tinha um mordomo que controlava seus negócios domésticos, terras, plantações, dinheiro e escravos. A casa de Potifar prosperava por causa de José, porque Deus estava com ele e fazia prosperar tudo quanto empreendia (Gn 39:2-6). As qualidades pessoais de José eram o realce dos dons de Deus ao servo submisso (Sl 1).

José era um rapaz de boa aparência e elegante de porte (Gn 39:6b). Além disso, tinha um caráter integro e um coração limpo, o que significava mais que sua beleza física. Devido ao seu atraente físico a mulher de Potifar o tentou a cometer atos de imoralidade insinuando que se deitasse com ela, mas José rejeitou seus contínuos convites (Gn 39:7-8). Não cedeu ante a insistência da mulher e não traiu a confiança que seu senhor nele depositava e, também, não pecou contra Deus (Gn 39:9).

A mulher de Potifar, furiosa por ter sido rejeitada esperou um dia que José estivesse só, pegou-o pela capa e insistiu em deitar-se com ele, mas o rapaz conseguiu fugir deixando sua capa com a mulher (Gn 39:11-13).
De posse da capa de José, a mulher chamou os homens da casa e acusou falsamente o mordomo que seu marido havia introduzido na casa, de insultá-la querendo deitar-se com ela (Gn 39:13-15).

Vítima da calúnia da mulher, Potifar irou-se e ordenou que o jovem mordomo fosse lançado na prisão (Gn 39:20). Potifar devia conhecer a esposa que tinha e pela conduta de fidelidade do jovem hebreu, podia ter crido nele (Gn 39:19-20).

Na prisão José continuou o mesmo: Um servo de Deus.

Semelhante a Potifar, o carcereiro descobriu qualidades positivas no caráter de José e confiou a ele a administração da prisão (Gn 39:21-23). O carcereiro confiava plenamente em José, porque o Senhor era com ele, “fazendo prosperar tudo quanto ele empreendia”. Onde estivesse o servo de Deus continuava testemunhando de seu Senhor com fidelidade e lealdade. 


Em Gênesis 39:23, a última frase do texto bíblico, mostra porque algumas pessoas, embora gozem algumas mordomias, jamais são chamadas de mordomos. É que a palavra “mordomo” implica em fidelidade, confiabilidade. Potifar entregou nas mãos de José tudo quanto tinha e o carcereiro confiou-lhe todos os presos que estavam no cárcere. Ser mordomo é ser de confiança. É ser fiel em tudo. José era um exemplo de mordomo fiel, que administrou bem os negócios do seu senhor. Todo mordomo deve ser fiel ao seu senhor.

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