Gênesis - Monarca absoluto

“Então José recolheu todo o dinheiro que se achou na terra do Egito, e na terra de Canaã, pelo trigo que compravam; e José trouxe o dinheiro à casa de Faraó” (Gn 47:14)

José conhecia a situação política e geográfica do Egito. Sabia que nos anos de seca apenas a região do Baixo Egito, onde reinava o Faraó que ele havia interpretado os sonhos e que o nomeou governador, estaria preparado para enfrentar a escassez. Durante os anos de fartura no Egito, José mandou construir celeiros para guardar parte da produção agrícola para garantir o abastecimento nos anos de escassez e com isso criando uma vantagem sobre outros povos ao redor.

Nos sete anos de seca, José vendeu os cereais dos celeiros reais a preço de ouro (Gn 47:14). Acabando o dinheiro na terra do Egito e Canaã, vieram os egipcios a José pedir pão para nao morrerem de fome, mas não tinham dinheiro para pagar pelos mantimentos (Gn 47:15).

Aproveitando-se da situação, José forneceu o alimento em troca do gado. Então recebeu cavalos, bois, ovelhas e jumentos e os abasteceu de alimentos naquele ano (Gn 47:16-17). Acabado aquele ano, sem dinheiro e sem gado, vieram a José buscar mais alimentação e ofereceram como pagamento suas terras e seriam seus servos (Gn 47:18-19).

Durante os anos de escassez José vendeu alimentos em troca de dinheiro. Quando faltou dinheiro tomou o gado como pagamento pelos cereais. Depois tomou a terra e mais tarde, as pessoas se ofereciam como pagamento pela alimentação. E, dessa forma, José tornou o Faraó em monarca absoluto, passando a ser dono da terra, do dinheiro, do gado e do povo (Gn 47:20).  Somente os sacerdotes não venderam suas terras a José, porque eles se alimentavam das rações que o Faraó lhes dava (Gn 47:22).

A partir de então, o povo ficaria ocupando as terras, receberia sementes e no tempo da colheita dariam a quinta parte para o Faraó, o legítimo proprietário de quase todas as terras do Egito, as quais José conseguiu comprar, não tomando crédito para si, mas deu toda glória ao seu senhor, o Faraó.

A prosperidade alcançada pelo Faraó foi consequência da benção gozada por Israel na terra de Gósen. Deus estava edificando uma nação grande e fértil antecipando a volta das gerações futuras à terra de Canaã, porque “assim habitou Israel na terra do Egito, na terra de Gósen; e nela adquiriram propriedades, e frutificaram e multiplicaram-se no mundo” (Gn 47:27). E o povo de Israel se multiplicou rapidamente em Gósen, apesar da fome que reinava em outras partes da terra


“E Jacó viveu na terra do Egito dezessete anos, de sorte que os dias de Jacó, os anos da sua vida, foram cento e quarenta e sete anos” (47:28).

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