“Levantou Jacó os olhos, e olhou, e eis
que vinha Esaú,
e quatrocentos homens com ele.” (Gn 33:1)
Jacó vivia por meio de maquinações, enganos e ataques.
Quando as coisas não iam bem, encontrava um jeito de manipular as
circunstâncias. A forma de como agiu com o irmão e seu sogro evidenciava a
esperteza e suas táticas agressivas.
Depois da luta com Deus e de vê-Lo cara a cara, Jacó não era
mais o mesmo homem. Mesmo sofrendo uma transformação espiritual, tinha receio
que Esaú levasse a efeito a ameaça de matá-lo. Jacó estava em dificuldades e
tinha que solucionar o problema do encontro com seu irmão.
Anteriormente Jacó havia buscado em Deus respostas para o
temido encontro. Em sua oração lembrou a Deus que o protegeria em sua volta a
Canaã (Gn 32:9); reconheceu o quanto Deus o havia abençoado e confessou ser
indigno (Gn 32:10); pediu livramento da mão de seu irmão porque o temia (Gn
32:11); e, lembrou a Deus de Suas promessas para com ele (Gn 32:12).
Naquela oração disse a Deus exatamente o que queria. Daí em
diante era seguir em frente fosse o que Deus quisesse. Seu destino estava nas
mãos de Deus.
Chegou o momento tão esperado. Jacó olhou e viu Esaú se
aproximando. Lá estava, diante dele, o valente caçador e guerreiro que o havia
jurado de morte (Gn 27:41). Jacó nada sabia sobre os sentimentos de Esaú quanto
ao passado, mas lembrou da promessa de Deus e prosseguiu (Gn 31:3).
Jacó reconheceu que havia errado e queria consertar o que
fez a seu irmão. Era um homem diferente. Também era um guerreiro, um
estrategista. Estava pronto para reencontrar seu irmão. Nervoso dividiu sua
família, servos e rebanho em grupos e aproximou-se de Esaú. O que parecia ser
um acontecimento trágico tornou-se um dos mais belos momentos na vida dos
filhos de Isaque. Jacó, embora temendo seu irmão, reverentemente inclinou-se a
sua frente, demonstrando humildade e submissão. Para surpresa e alivio, Esaú correu
em direção a Jacó e abraçou-o, beijou-o e juntos choraram (Gn 33: 4). Aquela
cena foi uma demonstração da liberação do perdão por parte de Esaú e o
arrependimento de Jacó. Deus havia preparado Esaú para não fazer mal a Jacó. A reconcilição entre os irmãos restauraram suas vidas e a comunhão
com Deus.
Esaú olhando para o povo que acompanhava Jacó, perguntou-lhe
quem eram e obteve como resposta que eram os filhos que Deus os havia dado
bondosamente (Gn 33:5). Jacó apresentou sua família que reverenciaram a Esaú
(Gn 33:6-7).
Após as apresentações, Jacó insistiu que Esaú recebesse
os presentes que tinha enviado na frente. A princípio Esaú recusou, mas Jacó
insistiu para que os recebesse (Gn 33:8-11).
Em retribuição, Esaú, ofereceu-se para acompanhar Jacó e sua
família a terra de Seir, ou pelo menos que seus homens os protegessem em sua
viagem. Mas Jacó ficou satisfeito em ter
podido fazer as pazes. (Gn 33:12-17).
A atitude de Esaú foi tão amigável que ficou evidente o
trabalho de Deus mudando o seu coração. A oração de Jacó foi ouvida (Gn
32:11).
Mesmo sendo poupado no encontro com seu irmão, Jacó ainda
não se deu por seguro, não estava a vontade com Esaú e mais uma vez mentiu.
Agradeceu o convite alegando que não poderia acompanhá-lo por causa de seus
filhos e de animais paridos de seu rebanho que seriam conduzidos calmamente (Gn
33:14). Disse que ia para Seir, onde se encontraria novamente com Esaú, mas foi
para Sucote. Sua decisão foi baseada no medo e não numa direção de Deus. Como conseqüência, sua família foi morar em
um lugar inadequado.
O texto não diz até que ponto foi sincera a desculpa de Jacó
em não seguir com Esaú. O fato é que se separaram. Esaú foi para
Seir, enquanto Jacó, como herdeiro da promessa, dirigiu-se mais devagar em
direção a seu novo lar, Canaã, ficando de ir para Seir mais tarde (Gn 33:14).
O encontro dos irmãos foi um grande milagre de Deus. Eles se
reconciliaram com lágrimas e toda a ira e ressentimento de Esaú desapareceram.
O livro de Provérbios diz “quando os
caminhos do homem agradam ao Senhor, faz que até a seus inimigos tenham paz com
ele” (Pv 16:7).
Os planos do Senhor jamais serão frustrados na vida de seus
servos. O Senhor faz de forma maravilhosa Suas promessas se cumprirem. Jacó foi
transformado pelo poder de Deus que fez dele um de seus grandes servos. A nação
de Israel seria formada e dela viria o Salvador do mundo.
Com sua transformação, Jacó mostrou conhecer o princípio
para o relacionamento com Deus: A ajuda divina vem quando o homem não mais tem
solução em si. Aplicando
este princípio demonstrou inteligência, diplomacia e prudência. Jacó reconheceu
a extensão da benção de Deus (Gn 33:10); tratou seu irmão com respeito (Gn
33:12-15); e, aprendeu a movimentar-se de acordo com os mais fracos (Gn 33:
13-14).
A Bíblia registra apenas mais um encontro entre Esaú e Jacó,
no enterro do pai Isaque, alguns anos depois (Gn 35:29).
bom estudo ,Deus abençoe.
ResponderExcluirLuiz Carlos
Muito edificante este estudo. Me perguntava sobre o triste acontecimento com a jovem Diná. E a consequencia da mentira de Israel a seu irmão Esau sobre segui-lo mais devagar e talvez não ter consultado a D'us onde deveria se instalar "pode ter ocasionado" esse lamentavel fato que impulsionou reaçoes ainda mais tragicas... o bom é que a Biblia relata-os com certeza para ensino, correçao e direçao. D'us o abençoe irmão em sabedoria nos estudos!
ResponderExcluirO estudo é maravilhoso , e nos ensina a obedecer a Deus e andar em seus caminhos. estive meditando nessa passagem 33.10,e passei p dois filhos meu pois estavam da mesma maneira , mas não de morte. e mostrei p eles que quando o Senhor nosso Deus trabalha em nossos corações , nós perdoamos de uma tal forma que ao perdoar ,do nosso coração e sinceridade podemos ver Deus ao ver o nosso irmão como Jacó vil quando vil seu irmão Esaú amém . A paz meus amados
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