“Eis que estou contigo, e te guardarei
para
onde quer que fores, E te farei tornar a
esta terra; pois não
te deixarei até que
haja cumprido aquilo que te tenho falado.”
haja cumprido aquilo que te tenho falado.”
(Gn 28:15)
Os esforços de Rebeca em fazer com que Jacó recebesse a
benção de Isaque só resultaram em problemas. A ira de Esaú, quando descobriu-se
enganado pelo irmão, tinha propósitos homicidas (Gn 27:41). Em desespero,
Rebeca manda que Jacó, seu filho preferido, fuja de casa e vá ao encontro dos
parentes em Harã insinuando temer que Jacó se cassasse com uma das filhas de
Hete (Gn 27:42-45). Assim, Rebeca encontrou uma justificativa para convencer
Isaque (Gn 27:46).
Rebeca conseguiu o que pretendia, mas os resultados não
foram bons. Ela jamais voltou a ver o filho favorito e fez com que Jacó tivesse
uma vida dura mais vinte anos (Gn 31: 41). Esta foi a sua recompensa de
manipular os acontecimentos em lugar de procurar a orientação de Deus. Os
privilégios e bençãos são dádivas de Deus e não podem ser obtidas pelo esforço
humano. Com a benção do pai, Jacó viajou (Gn 28:1-5).
Jacó deixou Berseba em direção a Harã e a cerca de sessenta
quilômetros, cansado, caiu num profundo sono tendo como travesseiro apenas uma
pedra (Gn 28:11). Enquanto Jacó dormia Deus abriu os céus e revelou o Seu plano
(Gn 28:12-15).
Jacó contemplou a presença de Deus no alto de uma escada que
estava apoiada na terra e com o outro extremo no céu e os anjos de Deus subiam
e desciam por ela. Escada larga, majestosa e altíssima, feita de pedra. É a escada da salvação. É a escada da
verdade. Representa a revelação de Deus por sua Palavra. A escada é a figura da
Encarnação. Ela toca a terra porque Deus se fez homem e toca o céu por sua
natureza divina.
Pela primeira vez Jacó escutou a voz de Deus confirmando o
pacto de Abraão (Gn 28:13-15). Deus o acompanhava, e revelava-se a ele no
caminho mostrando que a continuação da semente de Abraão, para o surgimento de
uma grande nação, estava nele, Jacó não precisava agir ardilosamente com seu
irmão. A transferência do direito de primogenitura, de Esaú para Jacó,
ratificada por Isaque foi, naquele momento, confirmada por Deus, que assegurou
a descendência prometida a Abraão.
Impressionado com a visão, Jacó disse “este não é outro lugar senão a casa de Deus; e esta é a porta dos céus”
(Gn 28:17). Deu aquele lugar o nome de Betel, que significa casa de Deus (Gn
28:19) e consagrou solenemente o sítio, erguendo uma coluna e derramando sobre
ela azeite (Gn 28:18). Além disso, tomou um voto (1) perante o Senhor (Gn 28:20-22).
A escada da visão indicava que as promessas de algum modo
culminariam em alguma coisa que ligaria o céu a terra. Mais tarde, Deus faria
com que se lembrasse dessa promessa (Gn 31:13). Jesus declarou-se a escada (Jo
1:51). O voto de Jacó comprometeu-o perante o Senhor. Ele foi ser servo do Deus
Altíssimo, e lhe entregara o dízimo de tudo (Gn 28:22).
A mais preciosa das promessas é a presença de Deus. Foi
feita a Jacó numa manifestação de pura graça. Foi dada aos discípulos de Jesus
(Mt 28:20) e confirmada a todos os crentes em Jesus Cristo (Hb 13:5).
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(1) Voto: Propósito que alguém faz intentando realizar
algo.
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