Em 27 de abril de 2013, no
Campus Capão do Leão, da Universidade Federal de Pelotas, aconteceu à
solenidade de colação de grau do curso de Licenciatura em Teatro. Entre os
formandos estava minha filha Lídia.
No momento da entrega do
“canudo”, tive o prazer de passar às suas mãos o tão almejado prêmio
conquistado a duras penas ao longo de mais de quatro anos de frequência aos
bancos universitários. Foi um momento de alegria, de gratidão, de
compartilhamento com os colegas, professores, amigos e familiares que estavam
presentes ao ato.
Ao cumprimentar a formanda
diante das autoridades, familiares e da platéia que lá estavam, eu e minha
filha colocamos um nariz vermelho, de palhaço. Foi algo inesperado e inusitado,
porém não foi um ato de protesto, insatisfação ou reclamação, como alguns
poderiam ter pensado, mas uma demonstração da alegria pelo êxito alcançado.
Porque nariz ‘vermelho” de
palhaço? Sendo o vermelho a cor da alegria, da nobreza, do sofrimento. Foi a
melhor forma que achamos de representar a arte teatral através do palhaço que,
devido a quedas, pancadas, obstáculos a transpor, cai muitas vezes e machuca o
seu nariz nas calçadas, portas e paredes da vida, o qual, esfolado, torna-se
vermelho. No instante em que colocamos o nariz, estávamos comemorando a vitória
sobre as tantas quedas e “pancadas” encontradas pelo caminho. O palhaço leva
pontapés e tapas na cara e ri de todas as situações. Era o momento de erguer-se
com a alegria e simplicidade do mais completo artista que se conhece, seja no
teatro, na televisão, no picadeiro, nas ruas, nas festinhas de crianças ou em
qualquer outro evento, inclusive numa colação de grau, por que não?
Desculpem-me os que pensaram
ser um protesto, mas o ato nada mais foi do que a manifestação de alegria de um
“pailhaço”, agradecendo de forma
simples, sincera e alegre, no momento em que um anel de formatura é substituído
por um nariz de palhaço.
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