“Todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas convém; todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas edificam”(I Corintios 10:23)
O período de Carnaval, popularmente conhecido como a grande festa
de manifestação “cultural”, são dias de prazeres transitórios e de tristezas
duradouras.
A origem do Carnaval vem de uma manifestação popular anterior a
era cristã, tendo se iniciado na Itália com o nome de “saturnálias”, festa em homenagem a
Saturno. As divindades da mitologia greco-romana, Baco, deus do vinho e Momo,
deus da galhofa e do delírio, que de tão irreverente acabou expulso do Olímpo,
dividiam as honras nos festejos, que aconteciam nos meses de novembro e
dezembro. Durante as comemorações, na Roma dos césares, acontecia uma aparente
quebra de hierarquia da sociedade, já que escravos, filósofos e tribunos se
misturavam em praça pública. Com Júlio César, na expansão do Império Romano, as
festas tornaram-se mais animadas e frequentes. Na época ocorriam verdadeiros
bacanais.
No período de carnaval, o mais belo dos soldados romanos era
coroado Rei Momo e tratado como um verdadeiro senhor, comendo, bebendo e se
divertindo à exaustão. Por dias a fio, ofereciam-lhe banquetes, bebidas,
diversões a toda prova. Mas a alegria durava pouco... Ao final da festa, ele
era brutalmente sacrificado.
A instituição das Saturnálias, festa em honra ao deus Saturno,
ocasião em que a ordem social era quebrada e onde se permitiam alguns excessos,
das quais deriva o carnaval, foi feita pelos romanos cerca de 500 anos antes de
Cristo e a milhares de anos antes, os camponeses contentes com sua colheita
festejavam seus deuses em cerimônias rituais coloridas e movimentadas.
Mascaravam-se imitando animais e enfeitavam seus corpos. Eram festejos ruidosos
e turbulentos. Com as Saturnálias esta festa também deu origem ao Carnaval.
No início da era cristã começaram a surgir os primeiros sinais de
censura aos festejos mundanos na medida em que a Igreja Romana se solidificava.
Querendo impor uma política de austeridade, a Igreja determinava que esses
festejos só deveriam ser realizados antes da quaresma. O Carnaval é uma festa
pagã tolerada pela Igreja Católica Apostólica Romana, durante a Idade Média,
depois de ordenada e regulamentada. Quando a Igreja regulamentou o Carnaval,
marcou a data dos festejos para sete domingos antes da Páscoa.
Há indicios que no século IV a Igreja Romana celebrava uma forma
de Natal cuja data foi propositalmente fixada em 25 de dezembro, para por em
segundo plano a grande festividade do deus-sol. Era essa ocasião em que os
pagãos entregavam-se a orgias durante as festividades da saturnal romana, bem
como da festa celta e germânica do solstício de inverno no hemisfério norte.
Sendo
o carnaval uma data móvel é realizado em função da Páscoa, e sete domingos
antes desta, cuja data é calculada pela
observação da primeira lua cheia após o
dia 21 de março, quando ocorre o
equinócio da primavera no hemisfério norte. Definida a Páscoa é só contar
quarenta e seis dias antes e encontrar a quarta feira de cinzas. O carnaval é
festejado nos três dias anteriores a quarta feira de cinzas.
Atualmente o Carnaval é generalizado, principalmente no Brasil,
não há limites para os festejos momescos. As datas propostas pelo catolicismo
romano saíram do controle da Igreja. Sob o epiteto de “festa do povo” esta
animada celebração licenciosa, atrai muitas pessoas para o sexo livre,
bebedeiras, folias grotescas, violência e outros prazeres. O Carnaval é uma
festa que poderia ser banida do calendário cristão, pois, ao contrário de como
se apresenta, alegre, colorido, animado, divertido, somente prejudica os que
dele participam. A Igreja Católica tentou, mas não conseguiu acabar com as
orgias e festas pagãs e, em vez de brigar, resolveu incorporá-la ao seu
calendário litúrgico.
Os cristãos abominam esta festa cristianizada pelo romanismo.
Depois das orgias momescas há um período de penitência para o arrependimento
dos excessos cometidos durante os três dias de reinado de Momo. Durante o
período carnavalesco a maioria dos cristãos fazem retiros espirituais evitando,
assim, os festejos do carnaval.
Embora o Carnaval faça parte do calendário litúrgico cristão, não
é possível servir a dois senhores, isto é, não se pode servir a Deus e também a
Momo. Deus não aceita divisão em nosso culto. “Deus
é espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em
verdade”
(João 4:24). As vezes escolhemos erradamente e sofremos as consequências.
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