“Ele,
porém, se demorava; pelo que os homens pegaram-lhe pela mão a ele, à sua
mulher, e às duas filhas, sendo-lhe misericordioso o Senhor. Assim o tiraram e
o puseram para fora da cidade” (Gn 19:16)
Houve guerra em
Sodoma e Ló foi levado cativo. Abraão sabendo disso reuniu trezentos e dezoito
homens bem treinados, nascidos em sua casa e derrotou os inimigos e resgatou
Ló, seus bens e as mulheres e o povo (Gn 14:14-17).
A família de Ló
era a sua esposa e duas filhas. Não é conhecido quando Ló se casou. O primeiro
texto que menciona mulheres em companhia de Ló é Gênesis 14:16, já quando
estava em Sodoma.
Talvez tivesse casado com uma mulher da região, ou já era
casado quando se separou da Abraão.
Sodoma era uma
cidade prosmícua. A sodomia, ou seja, a relação sexual anal, entre um homem e
uma mulher ou entre indivíduos do sexo masculino era livre e generalizada por
sua população. A falsidade, o adultério, o apoio aos malfeitores (Jr
23:14), a dissolução (I Pd 2:7), a fornicação (Jd 7), omissão perante as
necessidades dos pobres mesmo tendo condições de ajudar, soberba e prática de
abominações eram cultivados naquela cidade (Ez 16:49-50).
Deus resolveu
destruir Sodoma e as cidades vizinhas por causa de seus pecados e avisou
Abraão, que intercedeu por seu sobrinho (Gn 18:23-33). Dois anjos foram
enviados a Sodoma para tirar Ló e sua família daquele lugar. Naquele dia, Ló
perdeu praticamente tudo. Todos ficaram hesitantes até o último minuto e os
anjos tiveram de tomar Ló, sua mulher e suas duas filhas pela mão e arrastá-los
para fora da cidade (Gn 19:16). Os noivos de suas filhas não acreditaram nos
anjos de Deus, e ficaram na cidade condenada (Gn 19:14).
A mulher de Ló
foi eleita e escolhida para sair da destruição em função do esposo justo que
tinha, mas não confiou em
Deus. Quem lança mão do arado e olha para trás não é digno do
Reino (Lc 9.61).
Ló e suas duas
filhas foram para uma caverna (Gn 19:30). Achavam serem os únicos sobreviventes
no mundo e para continuar a linhagem de Ló, suas filhas o embriagaram cada uma
em uma noite, e se deitaram com o ele (Gn 19:31-38). O resultado disso foi o
nascimento de Moabe e Ben-Ami, de quem viriam os moabitas e os amonitas, que se
tornaram inimigos do povo de Israel, os descendentes de seu tio, Abraão.
Ló fez uma
escolha errada. Olhou para as campinas do Jordão (Gn.13.10), assim como Eva
olhou para a árvore do conhecimento do bem e do mal. A paisagem lhe pareceu “agradável aos olhos” e “desejável”. Com isso, Ló perdeu seu
gado, seus bens e sua família.
Segundo a Bíblia, o motivo da destruição das cidades de
Sodoma, Gomorra, Admá, Zebolim e Bela, também chamada de Zoar, todas no Vale de
Sidim, no Mar Morto foram a perversidade de seus habitantes, a imoralidade e a
desobediência ao Senhor. Após o retorno de Abraão do Egito, o relato bíblico
menciona que os habitantes de Sodoma eram grandes pecadores contra Deus. Porém,
isso não impediu uma coexistência pacífica entre os habitantes daquelas cidades
com o patriarca Abraão, e com o seu sobrinho Ló.
Uma tradição rabínica, exposta na Mishnah(1), afirma que os pecados
de Sodoma estavam relacionados à ganância e ao apego excessivo à propriedade, e
que são interpretados como sinais de falta de compaixão. Alguns textos
rabínicos acusam os sodomitas de blasfemos e sanguinários. Outra tradição
rabínica indica que Sodoma e Gomorra tratavam os visitantes de forma sádica. Um
dos crimes cometidos contra os forasteiros é quase idêntico ao de Procusto, na
mitologia grega, dizendo respeito à "cama de Sodoma", na qual os
visitantes eram obrigados a dormir. Se os hóspedes fossem mais altos, eram
amputados, se mais baixos, eram esticados até atingirem o comprimento da cama.
Conforme a
passagem bíblica, Deus fez chover enxofre e fogo em Sodoma e Gomorra, Abraão
olhou para Sodoma e Gomorra e viu a fumaça que subia como de uma fornalha (Gn
19:24-28). A chuva de fogo e enxofre pode ter ocorrido pela erupção de algum
vulcão na proximidade das cidades, cuja violência é capaz de produzir uma chuva
de fogo e enxofre e sua fumaça ultrapassar fronteiras. As cidades daquele vale
ficaram submersas pelo Mar Morto, o qual não tem as condições mínimas de vida,
o que caracterizou o juízo de Deus sobre um povo iníquo.
(1) - Mishnah: Em hebraico significa “repetição”. é uma das principais obras do judaísmo rabinico e a primeira grande redação na forma escrita da tradição oral judaica, chamada a Toráh Oral
Me ajudou bastante para minha pregação.
ResponderExcluirMim esclareceu muitas dúvidas para mim pregar... Éh benção
ResponderExcluirmuito bom esse estudo que Deus abençoe
ResponderExcluirEdificante e esclarecedor , muito legal
ResponderExcluirChatisse
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