Salve Jorge - a novela


A novela “Salve Jorge”, de autoria de Glória Perez, em causando escândalos em certos segmentos evangélicos no que diz  respeito à idolatria e pactos com entidades demoníacas. 

Comentam alguns líderes e membros de denominações religiosas que o título da obra, da citada novelista, é um chamamento a espíritos malignos e, a cada vez que o nome da novela é proferido, é dada autorização para a formalização de um pacto com a entidade representada. 

Ora! Não é bem assim. Parece que há um mal entendido entre o que a novela propõe e o fanatismo religioso de alguns cristãos. Há, inclusive, quem aconselhe que a novela não seja assistida pelos cristãos. 

Em I Corintios 6:12b, o apóstolo Paulo diz que “todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas”. Logo, apenas assistir ou proferir o nome de uma novela não teria a consequência de firmação de pacto algum.

Se assim fosse, o cristão não poderia residir em localidades que possuem nomes de santos, pois a cada vez que proferisse o nome da cidade, estaria firmando um pacto com a entidade patrona do lugar. Da mesma maneira, não poderia pertencer às forças armadas ou a policia, devido a estas organizações terem como patronos santos ligados ao romanismo. Também, não estudariam nem matriculariam seus filhos em escolas com nome de santos. Não se internariam em hospitais ou casas de saúde, cujas alas são denominadas por nomes de santos e assim por diante.

Na cultura ocidental predomina a orientação religiosa do catolicismo romano, o qual, a cada dia, beatifica e canoniza novos santos. O que resta, então, ao cristão que rejeita a santos e outras entidades semelhantes? Ficariam alienados ao mundo ou arranjariam um emprego de sacristão e não se afastariam do templo para nada?  Onde trabalharia para sustentar sua família? Como estudaria?

Outra questão seria o nome das pessoas, sejam de origem bíblica ou não, associados a orixás da Umbanda e Candomblé, como por exemplo: Jorge, o santo guerreiro é associado a Ogum; Pedro, João, Francisco, Jerônimo são associados á Xangô, Senhor dos Trovões, sempre se mostra acima das Divindades locais; Bárbara é Iansã, figura das mais populares entre os mitos da Umbanda e do Candomblé; Bartolomeu é Oxumaré; Antônio é Exú; Miguel e Expedito são nomes associados a Logum-ede; Sebastião é Oxosse; Lázaro é Omulu, orixá da saúde que vibra sobre médicos, enfermeiros, casa de saúde, hospitais e cemitérios; Marta, Catarina, Joana, são nomes ligados a Obá. Porventura estes nomes não são ligados a santos canonizados e venerados por denominações religiosas?

Devido as associações de nomes de pessoas com santos ou outras entidades, o cristão não poderia proferir o nome de seus amigos ou parentes, sob pena de estar firmando pactos com entidades associadas ao sincretismo religioso.

A saudação “salve” é o mesmo que ”ave”, uma saudação de boas vindas, reverência ou simplesmente “oi” “olá” e, como qualquer outra palavra, tem diversos significados e pode ser uma faca de dois gumes, dependendo do contexto. A Bíblia tem referências a esta saudação quando, na visitação, o anjo saudou a Maria como “Salve, agraciada: O Senhor é contigo” (Lc 1:28). No contexto da época também era saudado o imperador romano como  “Ave Cesar”. Hoje seria a palavra “Salve” que seria usada.

A palavra “Salve” não passa de uma simples saudação. “Jorge” está entronizado na novela, mas o único que está assentado sobre um trono e tem um nome “que está acima de todo o nome” (Fl 2:9-11), é Cristo e não Jorge. São Jorge pode reger a autora da novela, porem não rege a vida dos cristãos e nem influencia no que estes pensam ou fazem. O cristão é regido por Cristo.

Portanto, o cristão não deve ser fanático nem tão inocente com o que se apresenta, pois nem tudo que aparenta ser um bem é bom. Ninguém é impedido de assistir uma novela ou filme e há um controle que pode ser desligada a televisão a qualquer momento para não ser influenciado por coisas não licitas. Como está escrito o crente deve ser “prudente como a serpente e simples como as pombas” (Mt 10:16).

“Daí, pois, a Cesar o que é de Cesar, e a Deus o que é de Deus” (Mc 12:17), evitando “coar mosquitos e engolir camelos” (Mt 23:24).

Um comentário:

  1. Anônimo4:14 PM

    Graças a Deus que temos o direito de dizer sim ou não! o livro da vida diz que ate os escolhidos seriam enganados.......

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