"Cuche também gerou a Ninrode, o qual foi o
primeiro a ser poderoso sobre a terra.” (Gn 10:8)
Os descendentes de Cuche, filho de Cam, habitaram da Etiópia ao Eufrates. Foram os fundadores de Babilônia, Nínive e muitas outras cidades. Cuche gerou a Ninrode, o qual foi o primeiro a ser poderoso na terra (Gn 10:8).
Ninrode alcançou a fama de poderoso caçador por proteger o povo dos animais ferozes e por ser um grande guerreiro. Dessa forma compeliu o povo a adorá-lo como uma divindade. Seu reino incluía a cidade de Babilônia, Erac e Acad (Gn 10:8-10; I Cr 1:10). Fundou Nínive e Cala, na Assíria (Gn 10:11). Fortaleceu a grandeza de seu domínio adquirido pela posse contínua por meio de suas vitórias em guerras. Subjugou os povos vizinhos e lutou contra outras tribos. A cada vitória abria o caminho para outra. A terra adjacente a Assíria era mencionada como “a terra de Ninrode” (Mq 5:6).
Seu nome foi perpetuado e adorado como um deus na Assíria e sua fama espalhou-se entre outras nações. A literatura suméria e assíria supõe uma base mais ampla do que em Gênesis. Alguns historiadores o comparam com Sargon de Agade, de 2.300 a .C., que foi um grande guerreiro, caçador e governante da Assíria. Outros vêem em Ninrode façanhas atribuídas a governantes primitivos tais como Naram-Sin de Agade, Tukulti, Nimurta I, da Assíria ou deidades como Nimurta, o deus babilônico da guerra e caçador, ou Amarutu, nome sumério do deus Marduque. Foi o primeiro mortal a ser deificado e o primeiro tipo de anticristo.
É desconhecido o motivo do endeusamento de Ninrode, mas certamente era popular. Noé havia amaldiçoado a descendência de Cam e provavelmente rebelou-se contra a maldição e entregou-se a Satanás.
Ninrode liderou a rebelião contra Deus, que culminou na edificação da torre de Babel. A mitologia ligada ao Zodíaco é baseada na religião pagã da Babilônia e tem sua origem em Cuche e Ninrode, que sem dúvida tinham acesso à verdade sobre este assunto e perverteram-na para enquadrar-se em sua religião pagã.
A mitologia e a tradição falam que Ninrode teve um fim violento.
Uma dúvida com relação a essa personagem diz respeito à quantidade de gente disponível, àquela altura, para ele sair edificando cidades e até fundando um reino.
ResponderExcluirObservem que a partir de Noé, Ninrode estava apenas na 4ª geração!
Claro, sabemos que as pessoas daquela época viviam muito (?) e que, por isso, várias gerações podiam coexistir; mas, de onde saiu tanta gente?!
LMNT, algumas informações poderão esclarecer esta "reprodução a coelho" do gênero humano.
ExcluirA tradição dos povos antigos era a de arranjar uniões (se disser casamento alguém vai se fixar na palavra e dizer que não existia) para as filhas aos 12 anos de idade. O noivo dava uma restituição à família da noiva, e ela ia coabitar com ele.
Esta idade é de extrema fertilidade. Vamos citar então algo que ocorria no Brasil no tempo de nossas avós: as famílias tinham 12 filhos. Mas esta geração a que me refiro agora não tinha a pureza genética das famílias antigas. Não vamos fazer uma longa digressão sobre a nova Genética, que usa conhecimentos de Biologia Molecular. Vamos nos ater a fatores cujo domínio público é amplo.
Era fácil as famílias terem muitos filhos, devido ao clima favorável, alimentos com uma pureza extraordinária, hábitos não sedentários, vida em comunidade, etc.
É só aplicar a progressão geométrica às três primeiras gerações (os nomes estão aí), considerar o tempo de vida de cada geração e vamos obter números significativos. Vamos considerar a não verticalização, e o fato de que as fazendas permitiam um espalhamento em grandes áreas.
Lembro que os nomes das mulheres não eram citados, portanto não devemos contar só filhos homens e achar que eram os únicos filhos. As pessoas que lêem a Bíblia acham e afirmam que não nasciam mulheres naquele tempo.
O livro dos Jubileus, por exemplo (disponível na Internet) cita a irmá de Caim e Abel. Então, vsmos expandir a mente.
E para esclarecer esta lógica, complementem a leitura com este texto:
http://estudosbiblicosmeyer.blogspot.com.br/2014/08/descrenca-e-consciencia.html