Juízes


1. O nome

É dado por causa dos lideres israelitas que exerceram a função de juízes no período compreendido entre a morte de Josué até o fim do ministério de Samuel, quando ungiu Saul. O nome “juízes” em hebraico é “Shophetim”, qua aparece em grego, na versão LXX na forma de “Kritai”, e na vulgata latina “Líber Judicium” está o nome que deu origem ao nome em português.

2. Posição no cânon

Juízes é o sétimo livro na ordem em que aparecem as versões em português e o segundo livro dos profetas anteriores na divisa dos hebreus. De acordo com a divisão tradicional é o segundo livro histórico.

3. Autoria

A tradição atribui sua autoria a Samuel. O livro não diz quem é seu autor, não há evidências internas. O autor não poderia ter sido uma testemunha de tudo o que narra, já que sua história abrange um período de três séculos. O autor serviu-se de documentos preexistentes e de tradições orais, além da inspiração divina.

4. Data

Crê-se que foi nos primeiros anos do reinado de Saul entre 1030 e 1021 aC (Jz 17:6;18:1; 21:25).

5. Tema do livro

Desorganização identificava a época dos juízes (Jz 17:6) a falta de um líder nacional, aliada a apostasia, fazia ver a necessidade de um rei justo. Não havendo rei, Deus suscitava um juiz. Em principio o juiz deveria aplicar a justiça, mas muitos se tornaram salvadores e heróis de guerra. São distinguidos seis pequenos juízes e seis grandes. Os grandes são: Otniel (3:7-11), Eude (3:12-30), Débora e Baraque (4ss), Gideão ((6-8), Jefté (10:6-12:7) e Sansão (13:1-16:31). Os pequenos são: Sangar (3:31), Toia e Jair (10:1-5), Ebsa, Eloim e Abdom (12:8-15).

O povo fazia alianças com os cananeus e em alguns casos adotavam seus deuses. Por isso Deus os entregou nas mãos dos inimigos. Mas quando clamavam, Deus levantava um Libertador, os quais eram homens usados pelo Espírito e os livrava dos inimigos.

Um ciclo se repete em grande parte do livro: pecado, opressão, clamor (com arrependimento), libertação e paz.

6. Estrutura do livro

Tem vinte e um capítulos que são divididos desta maneira:

- O motivo para o aparecimento dos juízes – (1:1-3:6);
- Os juízes em Israel – (3:6-16:31); e
- Período da anarquia – (17:1-21:25).
. anarquia na vida religiosa – (17-18);
. anarquia na vida moral – (19); e
. anarquia na vida nacional – (20-21).

7. Estilo literário do autor

O estilo é preciso e fiél aos documentos originais conforme os hábitos da historiografia semítica, dando um enfoque espiritual relacionado com a vida política da nação.

8. Ensinos importantes

- A tendência do homem é desviar-se de Deus por não dar ouvidos a Sua Palavra;
- Que Deus usa pessoas fracas e de pouca importância para povo;
- Se um líder é bom, o povo é levado a Deus. Se é mau, o povo peca contra Deus. Mas se o povo está sem liderança, cada um faz o que quer, afasta-se de Deus e se desvia.

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