Livros do Novo Testamento - HEBREUS

1. Nome

É o nome dos destinatários da epístola, os cristãos judeus da dispersão.

2. Posição no Cânon

O livro de Hebreus é a primeira epístola depois das epístolas Paulinas, isto por se achar na antiguidade que ela pertencia a Paulo. Encontra-se nas versões em português antes das epístolas universais e após Filemon.

3. Autoria

O escritor não se identifica no título original, nem através do livro, embora fosse bem conhecido dos seus leitores (13:18-24). Sua tendência literária se distancia dos demais escritores do NT. A opinião de que Paulo tenha sido seu autor, não tinha aceitação até o século V. Orígenes, ao citar o livro, falava como se fosse de Paulo, mas, ao dar sua opinião dizia que “só Deus sabe quem escreveu esta epístola”. Têm sido citados outros nomes como possíveis autores, entre eles, Barnabé, Apolo e Lucas. Clemente Romano acreditava que Paulo escrevera em hebraico e Lucas traduzira o texto para o grego. Ultimamente, no século XIX, Silvano apareceu como o mais novo e provável autor desta carta.

4. Data

“A epístola foi escrita já na segunda geração de cristãos (2:1-4); e decorrido um intervalo considerável de tempo, após a conversão dos destinatários (5:12); haviam já esquecidos dos dias passados (10:32); e os seus dirigentes tinham morrido (13;7); Timóteo tinha estado na prisão (13:23); mas continuava vivo e havia sido posto em liberdade; as alusões ao sacerdócio implicavam que o Templo estava em pé; a perseguição era eminente (10:32-36 e 12:4)”. 
Baseado nestes dados o livro teria sido escrito em meados dos anos 60-70 dC.

5. Propósitos do livro

O livro foi escrito para os cristãos judeus que estavam sob perseguição. O escritor procura fortalecê-los na fé em Cristo, demonstrando a superioridade e finalidade da revelação e redenção de Deus em Cristo Jesus. Adverte o livro, para que os cristãos não voltem às formas do culto antigo e mantenham-se firmes na confissão de Cristo até o fim.

6. Estilo literário do autor

No NT é único na sua composição. O livro “começa como um tratado, desenvolve-se como um sermão e termina como uma carta” (Orígenes). É o texto mais refinado do NT, com um grego do estilo clássico. É o único livro do NT que desenvolve o conceito do ministério sumo sacerdotal de Jesus. A palavra chave no livro é “melhor”. Em Cristo temos: uma melhor revelação (1:1-4); uma melhor esperança (7:19); um melhor sacerdócio (7:20); um melhor concerto (8:6); uma melhor promessa (8:6); um melhor sacrifício (9:23); Uma melhor possessão (10:34);  um melhor país (11:16); uma melhor ressurreição (11:35).

7. Estrutura do livro

Possui treze capítulos divididos em quatro partes:
- A revelação de Deus no Filho – 91:1-2a);
- Natureza e perfeição do filho – (1:2b-10:18);
- A revelação de Cristo é completa – (10:19-12:32);
- Exortações, saudações pessoais e conclusão – (13:9-24).

8. Ensinos importantes

- Ensina sobre a superioridade do sacerdócio de Cristo;
- Ensina que Cristo ofereceu de uma vez por todas sua própria pessoa sem pecados como o sacrifício perfeito
- Adverte sobre as conseqüências do abandono da fé ou do endurecimento do coração pela incredulidade;
- Admoesta à perseveração na salvação, na fé, no sofrimento e na santidade.


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