“José, pois, habitou no Egito, ele e a
casa de seu pai;
e
viveu cento e dez anos.” (Gn 50:22)
Depois do sepultamento de Jacó, José, seus irmãos e todo o
povo que acompanhou o cortejo fúnebre, voltaram para o Egito (Gn 50:14).
Os irmãos de José, desconfiados e receosos pelas
consequências do mal que haviam cometido contra o irmão, pensavam que ele iria
vingar-se depois da morte do pai. Achavam que José houvesse adiado a vingança e
a os castigaria no momento oportuno. Não ousaram ir a presença de José e
enviaram um mensageiro. José, mais uma vez, comoveu-se. Então foram pedir
perdão, se prostraram diante de José e disseram: "Eis-nos que nós somos teus servos" (Gn 50:15-18).
José os acolheu com bondade e amor e disse-lhes: "Não temais; acaso estou eu no lugar de Deus?
Vós bem intentastes mal contra mim; Deus, porém, o intentou para o bem, para
fazer o que se vê neste dia, isto é, conservar muita gente com vida. Agora,
pois, não temais; eu vos sustentarei, a vós e a vossos filhinhos" (Gn
50:16-21).
A vida de José ilustra a de Cristo. A inveja moveu seus
irmãos a vendê-lo como escravo. Queriam impedir que se tornasse maior do que
eles. Mas José teve a vida dirigida por Deus e, no Egito, foi elevado a um
cargo de alta confiança do Faraó. José mediante o seu cativeiro no Egito
tornou-se um salvador para a família de seu pai
Depois da morte de seu pai, José viveu cinqüenta e quatro
anos. Conheceu netos e bisnetos. Viu os filhos de Efraim, da terceira geração e
os filhos de Maquir, filho de Manassés, nasceram sobre seus joelhos,
testemunhando a prosperidade de seu povo (Gn 50:23), Suas últimas palavras foram: "Deus
certamente vos visitará, e vos fará subir desta terra para a terra que jurou a
Abraão, a Isaque e a Jacó." E obteve um juramento solene dos filhos de
Israel de que levariam seus ossos consigo à terra de Canaã. Morreu com a idade
de cento e dez anos, foi embalsamado e o puseram num caixão no Egito (Gn
50:24-26).
Pelos séculos que se seguiram, aquele caixão, lembrança das
derradeiras palavras de José, testificou a Israel de que apenas eram peregrinos
no Egito, e ordenava-lhes conservar fixas as suas esperanças na Terra da
Promessa, pois que o tempo do livramento certamente haveria de vir (Ex 13:19;
Js 24:32).
Em sua saga, José foi um tipo de Cristo mais completo que há
na Bíblia. São surpreendentes a semelhanças que há entre os dois. Eis algumas
semelhanças: Ambos foram amados por seus pais (Gn 37:3; Mt 3:17); enviados a
seus irmãos por seus pais (Gn 37:13; Lc 20:13); odiados por seus irmãos (Gn37:4;
Jo 1:11); tentados (Gn 39:7; Mt 4:1); levados para o Egito (Gn 37:36; Mt 2:14);
despojados de suas túnicas (Gn 37:23; Jo 19:23); vendidos a preço de escravo (Gn 37:28; Mt
26:15); detidos como réu (Gn 39:20; Mt 37:2); falsamente acusados (Gn 39:16; Mt
26:59); perdoaram e restauraram seus irmãos (Gn 45:1-15; Mt 7:18); se
consideravam pastores (Gn 37:2; Jo 10:11); tinham trinta anos no inicio do
ministério (Gn 41:46; Lc 3:23).
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