Mundo


“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”
(I Jo 2:15)


kosmoV = Mundo


João dá instruções sobre a atitude que o cristão deve adotar com relação ao mundo.

As vezes no Novo Testamento, a palavra mundo (kosmoV) significa universo (Jo 1:10). Outras vezes se refere aos seres salvos por Jesus Cristo (Jo 3:16-17).

Na primeira carta do apostolo João, a palavra mundo (kosmoV) se refere a vida da sociedade humana como organizada sob o poder do mal.

Em I João 2:15-17, o mundo é mencionado seis vezes e a sequência do pensamento é bem clara. O mandamento para não amar o mundo baseiam-se em dois argumentos:

- A incompatibilidade entre o amor pelo mundo e o amor pelo Pai (I Jo 2:15-16);

- A natureza transitória do mundo em contraste com a eternidade (I Jo 2:17).

Quando João diz, “não ameis o mundo e que no mundo há”, ele não está pensando do mundo de pessoas, pois no Evangelho ele diz: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

Em I Jo 2:16, João fala do mundo com suas concupiscências:

- Concupiscências da carne – esta frase descreve a natureza pecaminosa do homem natural muitas vezes dominado pelos desejos da carne e apetite incontrolável como o apóstolo Paulo bem descreve em várias de suas cartas (Rm 1:22-32; Gl 5:19-21; I Co 6:9-11; II Tm 3:1-5);

- Concupiscências dos olhos:- descreve as tentações que vem através dos olhos, as quais cativam as pessoas e as levam ao pecado, como nos seguintes exemplos: Eva e o fruto proibido (Gn 3:6); Acã e os bens cobiçados (Js 7:21); e Davi e a mulher desejada (II Sm 11:2); e

- Soberba da vida – significa a arrogância ou vanglória e a palavra alazwn tem o significado de “pedante, jactancioso”. O apóstolo Paulo também adverte sobre esta tentação em Rm 1:30 e II Tm 3:2.

É provável que João construiu as três expressões para descrever as três tentações de Jesus ou ainda as três tentações do fruto proibido em Gn 3:6.

João afirma que o mundo está passando e suas concupiscências, mas aquele que fez a vontade de Deus permanece para sempre. (I Jo 2:17).

E João fala mais sobre o mundo:

- O mundo não nos conhece, porque não conhece Ele; (I Jo 3:1);

- “Não vos admireis irmãos se o mundo vos odeia” (I Jo 3:13);

- O mundo pertence ao anti-cristo (I Jo 4:3) e ao maligno (I Jo 5:19) e aos falsos profetas são do mundo (I Jo 4:1); falam com quem é do mundo e o mundo os ouvem. (I Jo 4:5)

O crente pode vencer pela sua fé em Jesus Cristo porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo. (I Jo 5:4).


Chamada divina




"Ninguém te poderá resistir todos os dias de tua vida.Como fui com Moisés, assim serei contigo;
não te deixarei, nem te desampararei.”
(Js 1:5)


Todo o servo de Deus recebe uma chamada divina para executar a obra do Senhor. Com Josué não foi diferente. Ele recebeu de Deus um chamado para manter a continuidade do governo teocrático.

Antes da morte de Moisés, o nome de Josué é citado várias vezes em acontecimentos importantes da história de Israel. Josué foi designado general no momento em que o exército israelita necessitou de um chefe (Ex 17:8-9). Foi o ajudante de Moisés quando Deus entregou a este os dez mandamentos no Monte Sinai (Ex 24:13; 32:17). Josué gastou grande parte de sua juventude na segurança do Tabernáculo, que foi tirado do meio do acampamento, devido a idolatria do povo (Ex 33:11). Foi um dos espias que não se intimidou com os obstáculos encontrados na terra prometida (Nm 14:6-12). Por tudo isso Josué mereceu suceder Moisés na direção do povo de Deus.

A revelação do Senhor a Josué ocorreu quase imediatamente após a morte de Moisés, a fim de que fosse mantida a continuidade do governo teocrático. Deus escolheu este homem para dirigir o Seu povo, porque ele encontrava-se preparado, pela própria convivência com o grande líder Moisés, para assumir essa importante missão. A mudança do líder não pode interromper a continuidade da missão que Deus confiou à nação israelita. Josué era a pessoa certa para conduzir o povo na conquista da terra prometida.

Ao ler o texto em Josué 1:3-6, pode-se constatar a promessa de Deus na capacitação para vencer todos os obstáculos. Deus disse-lhe: “Não te deixarei” (v. 5). Era toda a segurança que Josué necessitava para realizar sua tarefa na missão que Deus lhe confiou. Mas para isso é necessário “esforço e bom ânimo” (v. 6) por parte do líder. Em Sua exortação, Deus sugere a idéia de que Josué corria o perigo de esquecer os ensinos da lei dizendo-lhe: “Não se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas o cuidado de fazer tudo quanto nele está escrito;... serás bem sucedido" (v. 8) e propõe um serviço sem temor pois Ele estará com Josué “por onde quer que andar” (v. 9).

O Senhor não se limita a traçar um plano e prescrever o método. Ele também proporciona uma dinâmica que torna possível o plano e o método aos que decidirem obedecer. Esse poder é a própria presença de Deus na vida de seus servos. Jesus Cristo prometeu a seus seguidores: “eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28:20).

A chamada de Josué nos ensina:

- que todo o servo de Deus é substituível (Js 1;1);
- que as promessas de Deus são conquistadas com esforço e perseverança (Js 1:3);
- que Deus não abandona nem desampara seus servos (Js 1:5);
- que a força e perseverança do líder são fatores decisivos para o sucesso dos liderados (Js 1:6);
- que é necessário ter disposição para obedecer (Js 1:7-8);
- que a presença do Senhor na vida e nos planos humanos é a garantia do sucesso (Js 1:9).

Muitos líderes de congregações religiosas acham que são insubstituíveis em seus cargos. Com orgulho e prepotência oprimem seus liderados, intimidando-os com uma chamada divina que os tornam intocáveis em suas determinações junto a congregação, alienando o povo à suas convicções em detrimento a doutrina bíblica.

O líder deve concentrar-se prioritariamente no que ele foi chamado a fazer, segundo a Palavra de Deus. O líder cristão foi chamado para: guiar e apascentar a Igreja de acordo com a visão de Deus (At 20:28; I Tm 3:1-7); alimentar seus liderados com programas de formação cristã fundamentadas na Bíblia; e, zelar pelo povo que lhe foi confiado por Deus.

Aquele que recebe uma chamada divina de liderança deve fazer a vontade de Deus, ouvir a sua voz e praticar o que Ele manda, colocando em prática tudo o que lhe foi ensinado, meditando na Palavra de Deus.

Nenhum ser humano ocupa uma função na obra de Deus que o torna insubstituível. Os líderes passam, mas os propósitos de Deus continuam.

A morada de Deus



O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; nem tampouco é servido por mãos humanas, como se necessitasse de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas.
(Atos 17:24-25)


No Egito os deuses tinham seus templos e os hebreus os conheciam. Também conheciam os suntuosos palácios em que residiam os deuses babilônicos. Mas, talvez por ainda serem nômades ou talvez pelo próprio conceito de Deus, não criaram uma morada fixa para o seu Deus.

O Tabernáculo que os hebreus levavam consigo, simbolizava a onipresença divina. E, mesmo quando o armavam no lugar de repouso, a Arca da aliança, que centralizava a presença de Deus, nada continha além dos Mandamentos. Assim, Deus estava presente entre os hebreus pela lei que tentava transformar o comportamento dos homens.

Mesmo depois quando, estabelecidos na Palestina, fizeram de Jerusalém sua capital e ali construíram o templo, os judeus nada colocariam no Santo dos Santos. Não era preciso definir a casa de Deus, pois ele estava em todos os lugares. Não era possível, pois, simbolizar a presença de maneira visível.

Este conceito de Deus possibilitou a sobrevivência da relação mosaica após a destruição do templo, e mesmo depois da dispersão dos judeus.

Para os cristãos a morada de Deus é o coração de todo aquele que crê em Jesus Cristo. Os verdadeiros adoradores do Pai não necessitam de um templo suntuoso, pois Deus pode ser adorado na igreja do coração de cada crente (Jo 4:23), pois o próprio Jesus disse: “se alguém me amar, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a ele, e faremos nele morada” (Jo 14:23).

Dia do pastor




"Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas".(Jo 10:11)


No segundo domingo do mês de junho é comemorado o “Dia do Pastor”, dia este em que todas as congregações cristãs parabenizam seus pastores ou obreiros pelo dia a eles dedicado.

Mas é bom lembrar que o pastor é alguém vocacionado por Deus para exercer um ministério de liderança no âmbito da Igreja de Cristo, onde busca, acima de tudo, trabalhar pela causa do Reino de Deus, conduzindo sua vida na tarefa de anunciar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Para o pastor, o grande exemplo é Jesus Cristo, o Bom Pastor, que em seu ministério terreno esteve atento às necessidades humanas.

Atualmente o exercício do pastorado tornou-se uma profissão, tarefa da qual adquire o seu sustento e de sua família, pois “digno é o obreiro do seu salário (I Tm 5:18). Infelizmente, muitos “pastores” envergonham o Evangelho, quando reivindicam para si o título de “autoridade espiritual”, e comercializam da Palavra de Deus e exploram os demais membros de sua comunidade.

Felizmente há pastores fiéis, que não são mercenários, que não servem a dois senhores, mas que lideram o povo de Deus com humildade e submissão ao Pastor dos pastores.

Neste dia, e sempre, é bom lembrar que o pastor tem debilidades, comete falhas, precisa de descanso, atenção e principalmente de oração por parte de seus liderados.

É bom lembrar dos pastores “porque eles velam por vossas almas” (Hb 13:17).

Parabéns aos pastores pelo seu dia.

No princípio



"No princípio era o Verbo eo Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus."
(Jo 1:1-2)


en arch


Os dois primeiros versículos do primeiro capítulo do Evangelho segundo João introduzem palavras e frases que expressam a forma simples, mas profunda, e a maneira do apóstolo apresentar a história de Jesus e a mensagem da Salvação.

As frases "no princípio" (en arch) e "do princípio" (ap archV) são típicas do apóstolo João no Evangelho e em sua primeira carta, como pro exemplo:

- en arch - "No princípio era o Verbo. (Jo 1:1);

- ex archV - Jesus sabia desde o princípio quem eram os que não criam" (Jo 6:24);

- ap arpchV -"Estais comigo desde o princípio" (Jo 15:27);

- ap archV - "O que era desde o princípio" (I Jo 1:1);

- ap archV - "Um mandamento antigo que tendes desde o princípio" (I Jo 2:7);

- ap archv- "Porque conheceste aquele que é desde o princípio" (I Jo 2:13-14);

- ap archV - "O diabo peca desde o princípio" (I Jo 2:8);

- ap archV - Esta é a mensagem que ouviste desde o princípio." (I Jo 3:11).

Não é por acaso que as mesmas palavras en arxhV são encontradas no livro de Gênesis. Quando os judeus falavam dos livros do Antigo Testamento eles sempre citavam as primeiras palavras. Gênesis era conhecido na LXX como "no princípio",

A profissão de Jesus


"Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E não estão aqui entre nós suas irmãs? E, escandalizavam-se dele"(Mc 6:3)

tektwn

Téktôn = Carpinteiro ou Construtor (Mc 6:3)

No grego koiné, tektôn significa um “artífice” ou “construtor” em madeira, pedra ou metal. podia referir-se a qualquer profissão relacionada com a construção civil.

Em Mateus 13:55 - José e Jesus eram conhecidos como carpinteiros. Eram "trabalhadores sem trabalho fixo", faziam consertos aqui e ali, onde eram chamados.

Ser "tektôn" no império romano era humilhante. Os "tektôns" constituiam a classe mais inferior da sociedade na época. Pior que eles só a classe dos "dispensáveis" - (ladrões, mendigos, diaristas e escravos).

Se Jesus era carpinteiro, portanto, ele pertencia à classe dos artesãos, pequenos proprietários e comerciantes, cerca de cinco por cento da população da época, que estava abaixo dos camponeses em termos de classe social. Os artesãos estava entre o grupo dos camponeses e os degradados ou dispensáveis

Pode-se afirmar que Jesus foi pobre e lutou para sobreviver fazendo tabalho duro.

Pertencia a categoria dos considerados inferiores. Ele passou por humilhações e dificuldades.

Santificação

"Insensatos e cegos! Pois qual é o maior: o ouro, ou o santuário que santifica o ouro?"(Mt 23:17).
O vocábulo grego “agiasmoz” pode ser traduzido como "separação e consagração para a possessão divina; santidade; santificação; pureza social e íntima".

Santificação não é somente uma questão de posição, ou seja, de ser separado de uma posição comum e do mundo para uma posição para Deus.

Santificação é uma questão de disposição, isto é, ser transformado da disposição natural para uma disposição espiritual, como mencionada em Romanos 12:2 e II Coríntios 3:19. Essa é uma questão de um longo processo, começando na regeneração (I Pe 1:2-3; Tt 3:5; Ef 5:26), e sendo completada por ocasião do arrebatamento, na maturidade de vida (I Ts 5:23).

Em Hebreus 2 e Romanos 6, a santidade refere-se principalmente à natureza divina de Deus. Santificação é o trabalhar da santidade de Deus para dentro de nós mediante o dispensar da natureza divina de Deus para dentro do nosso ser. Isso não é a santificação posicional, é a santificação disposicional. Nessa santificação, Cristo, como o Espírito que dá vida, está saturando todas as partes interiores do nosso ser com a natureza divina de Deus. Isto é o trabalhar da santidade de Deus para dentro de todo o nosso ser.

Precisamos chamar isso de santificação disposicional. Em Hebreus 2:11 lemos: "Porque, assim o que santifica, como os que são santificados, são todos de um". A frase "são todos de um" refere-se à posição ou à disposição; "o que santifica" é Cristo, e "os que são santificados" somos nós. Assim , Cristo e nós somos todos de um.

A palavra grega traduzida para "de", na verdade significa "para fora de". Isso significa que Cristo e nós, o Santificador e os santificados, são todos de uma fonte, um Pai. O Pai é a fonte do Santificador e Ele é a fonte de todos os santificados.

A santificação é um processo pelo qual nos tornamos realmente santos e justos. É um programa de vida em cuja execução nos santificamos. Nenhuma razão temos para crer que o processo de santificação termina nesta vida. Neste mundo jamais alcançaremos a perfeição, portanto, ficamos santificados na proporção que nos entregamos, com tudo quanto nós temos, a Jesus Cristo (Fl 1:21).

Na época do Antigo Testamento, Deus santificou os filhos de Arão para o sacerdócio pela mediação de Moisés pela água, azeite e sangue (Lv 8).

Nos dias neotestamentários, Deus, o Pai, santifica os crentes para o sacerdócio espiritual pela mediação do Filho (I Ts 5:23; I Pe 2:5; I Co 1:2-30; Ef 5:26; Hb 2:11), por meio da Palavra (João 17:17; 15:3), do sangue (Hb 11:29; 13;12) e do Espírito (Rm 15:16; I Co 6:11; I Pe 1:2). Os crentes do Novo Testamento são um povo santo, sacerdócio real, nação santa, para oferecer sacrifícios agradáveis a Deus por Jesus Cristo (I Pe 2:9, 5; Rm 12:1).

Zacarias

1. O nome

Deriva-se do nome do profeta Zacarias, no hebraico “Zekharyah”, cujo significado é “O Senhor se lembra”. Na LXX e na Vulgata é “Zacharias”, passando para o português como Zacarias.

2. Posição no Cânon

É o décimo primeiro livro dos profetas menores, sendo 0 38° do nosso cânon, estando entre Ageu e Malaquias.

3. Autoria

Zacarias foi o autor da profecia inteira como evidencia os textos de 1:1,7; 7:1. Há uma escola de pensamento que diz que o livro teve dois autores. O primeiro denominado de “Proto-Zacarias” (1-8), que pregou no retorno do exílio e o segundo, denominado de “Deutero-Zacarias” (9-14), que pregou no inicio do período grego.

4. Data

O livro foi escrito entre os anos 520 e 475 aC., Tendo em vista que o ministério de Zacarias começou em 520 aC, dois meses após Ageu ter completado sua profecia. A visão dos primeiros capítulos foi dada, aparentemente, enquanto o profeta ainda era um jovem (2.4). Os capítulos 7-8 ocorrem dois anos mais tarde, em 518 aC. A referência à Grécia em 9.13 pode indicar que os caps. 9-14 foram escritos depois de 480, quando a Grécia substituiu a Pérsia como o grande poder mundial.

5. Propósito do livro

O propósito do livro é despertar os judeus que retornaram do exílio e persuadi-los a voltar ao Senhor e aos seus propósitos para restaurar o templo. Zacarias encorajou o povo de Deus indicando-lhe um dia, quando o Messias reinaria de um templo restaurado, numa cidade restaurada.

6. Estilo literário do autor

De inicio ao fim o livro é de profunda espiritualidade e de estilo altamente figurativo. Tem uma linguagem livre de aramaismos. Começa com a veemente palavra do Senhor para o povo se arrepender e voltar para seu Deus. O livro é repleto de referências, por parte do profeta, à palavra do Senhor. O profeta limita-se a transmitir a mensagem dada a ele por Deus. Contêm muita escatologia.

7. Estrutura do livro

O livro tem quatorze capítulos divididos em seis tópicos principais:

- O chamado ao arrependimento – (1.1-6);- As visões do propósito de Deus – (1:7-6:8);
- A coroação do sumo sacerdote – (6.9-15);- Ritual religioso ou arrependimento verdadeiro – (7.1-14);- Mensagem profética ao povo – (8.1-23); e- O reino vindouro – (8.1-23).

8. Ensinos principais

- Revela a profundidade do mundo espiritual;
- Mostra o ministério dos anjos em auxílio do crente em favor da obra de Deus;
- Ensina sobre a proteção de Deus que acampa ao redor de sua santa cidade;
- Mostra a genealogia exata do Messias.

Malaquias



1. O nome

Embora alguns atribuam Malaquias a um escritor anônimo, considerado por alguns ter sido Esdras, usando o pseudônimo Mal’aki (“Meu mensageiro” 3:1), é melhor considerar o livro como escrito pelo próprio profeta. Malaquias não é mencionado em mais nenhum lugar na Bíblia, mas, de seus escritos, podemos aprender que ele teve um grande amor pelo povo de Judá e pelas cerimônias do templo. Ele foi, provavelmente, um contemporâneo de Neemias. O nome em latim é “Malachias” vindo para o português como Malaquias.

2. Posição no Cânon

É o último livro dos profetas menores e o último do Antigo Testamento, nas versões em português é o 39° no cânon.

3. Autoria

Todas as correntes teológicas atribuem a obra a um único autor, Malaquias.

4. Data

Foi escrito no período em que Neemias voltava a Susã, tendo em vista que reflete a sua segunda chegada a Jerusalém em 432 aC A abrangência do livro pode ser de 450 a 400 aC.

5. Propósito do livro

Exortar o povo que retornava da apostasia e evocar o arrependimento decoração e a purificação das práticas litúrgicas, bem como, exortar o dever da cada um em andar numa vida reta com Deus e com o próximo.

6. Estilo literário do autor

Tem um estilo enérgico em que expressa as palavras em forma de diálogo, argumentos e revidações entre Deus e seu povo.

7. Estrutura do livro

Tem quatro capítulos divididos em oito tópicos:

- O amor de Deus por Israel – (1:1-5);
- Sacrifício aceitável – (1:6-14);
- Obrigações não observadas – (2:1-9);
- A infidelidade do povo – (2:10-16);
- O dia do julgamento – (2:17-3:5);
- Os dízimos – (3:6-12);
- O destino do ímpio e do justo – (3:13-4:3); e
- Exortação e promessa – (4:4-6).

8. Ensinos principais

- Salienta o amor imutável de Deus por seu povo
- Exorta sobre o desdém aberto e arrogância dos sacerdotes pela Lei e sua influência negativa sobre o povo;
- Exortações sobre a traição dos sacerdotes leigos no divórcio de esposas fiéis e casamento de mulheres pagãs;
- Censura as práticas não-religiosas do povo;
- Exorta sobre a defraudação ao Senhor por reterem os dízimos e as ofertas;
- Promessa da vinda do Messias e do seu precursor.

I Tessalonicenses



1. Nome

Deriva-se dos destinatários da epístola, os cristãos da cidade de Tessalônica.

2. Posição no Cânon

A primeira carta aos Tessalonicenses segue as epístolas da prisão, porém, em ordem cronológica é a segunda epístola escrita por Paulo.

3. Autoria

Considerando os princípios de seu conteúdo, estilo e vocabulário, fica evidenciado que esta epístola é de autoria do apóstolo Paulo.

A própria introdução desta epístola, em sua palavra de saudação. O nome do apóstolo é mencionado com seus mais íntimos colaboradores, Silvano e Timóteo.

4. Data

I Tessaloniceses foi escrita em 50 ou 51 dC

5. Propósitos da epístola

O propósito da I Carta aos Tessalonicenses é estimular a perseverança da comunidade e responder algumas questões que a preocupam, como a vinda gloriosa de Cristo (a parousia), que deve ser aguardada na esperança e no compromisso com as tarefas diárias. Alguns irmãos haviam morrido e isso preocupava a igreja. Será que os irmãos mortos ficariam para trás quando Jesus voltasse? Para esclarecer o assunto, Paulo escreveu a primeira epístola aos tessalonicenses

6. Estilo literário do autor

A epístola não contém um teologia elaborada como em Romanos, nenhuma repreensão ou heresia ameaçadora como em Galátas, nem conselhos pastorais extensivos como em I Corintios. Nesta epístola, Paulo extravasa em palavras metafóricas para relatar a “parousia” de Cristo, tais como: “os que dormem”, “seu próprio vaso”, estes recursos são abundantemente usados para facilitar a compreensão dos leitores;

7. Estrutura da epístola

A epístola tem cinco capítulos que se dividem em quatro assuntos principais:

- Saudação – (1:1);
- Lembrança do Ministério de Paulo – (1:2-3:13);
- A espera da volta de Cristo – (4.1-5.11); e
- Conselhos finais – (5.12-28).

8. Ensinos principais

- Ensina sobre a ressurreição dos mortos e a volta de Cristo;
- Exortações sobre assuntos como pureza sexual (4.1-8; 5.23), amor fraternal ( 4.9-12); - Reconhecimento de estima e apoio aos líderes (5.12-13);
- Admoestações sobre paciência e prestabilidade em relação à várias necessidades humanas (5.14-15).

II Tessalonicenses



1. Nome

Deriva-se dos destinatários da epístola, os cristãos da cidade de Tessalônica.

2. Posição no Cânon

Esta segunda epístola aos Tessalonicenses segue cronologicamente a primeira carta enviada ao mesmo grupo, é muito provável que tenha sido escrita algumas semanas após a primeira.

3. Autoria

Uma contradição sobre a volta de Cristo coloca em dúvida a autoria Paulina. Na primeira carta o autor diz que a volta de Cristo seria eminente, enquanto que na segunda, seria precedida de alguns sinais (I Tes 4:15 e II Tes 2:1-12). No entanto, esta aparente contradição não anula o estilo, vocabulário e o próprio conteúdo, elementos que são suficientes para caracterizá-la como de autoria do apóstolo Paulo.

4. Data

Foi escrita em 50 ou 51 dC, logo após a primeira epístola aos Tessalonicenses.

5. Propósitos da epístola

O apóstolo Paulo escreve novamente aos tessalonicenses, reafirmando seu ensino da primeira epístola, esclarecendo e relembrando dos fatos que já havia exposto.

6. Estilo literário do autor

Bastante semelhantes em linguagem. A volta do Senhor é de importância central tanto na primeira como nesta segunda epístola..

7. Estrutura da epístola

A epístola tem três capítulos que se dividem em quatro tópicos:

- Prefácio e saudação – (1:1-4);
- Doutrina – (1:5-2:12);
- Exortação – (2.13-2.16); e
- Comentários finais – (3.17-18).

8. Ensinos principais

- A volta de Cristo é enfatizada com sinais que a precedem –(2:1-12);
- Que o quadro escatológico não exclui a satificação 0 (2:13-15);
- Sobre a conduta cristã – (3:6-13);
- Disciplina aos desobedientes – (3:14-15).

Filipenses



1. Nome

O nome deriva-se dos destinatários da epístola, os cristãos da cidade de Colossos.

2. Posição no Cânon

O embrião do cânon neotestamentário começou a ser formado em 150 dC,por Marcion e esta epístola já fazia parte da sua composição,bem como do fragmento Muratoriano, por volta de ano 175 dC.

3. Autoria

Paulo identifica-se com o escritor desta carta inspirada por iniciá-la com as palavras: “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, pela vontade de Deus, e Timóteo, nosso irmão, aos santos e irmãos fiéis em união com Cristo, em Colossos.” (1:1, 2) Que o apóstolo foi o escritor é também confirmado pelo cumprimento final, escrito pelo próprio punho dele. (4:18.).

4. Data

Estudiosos conservadores acreditam que esta carta foi escrita em sua primeira prisão romana, por volta de 61 dC., provavelmente no mesmo local e circunstâncias da escrita a Filemon

5. Propósitos da Epístola

Paulo tinha ouvido de Epafras, ministro da igreja de Colossos, das virtudes edificuldades que daquela comunidade estava experimentando, então o apóstolo passa a interpelar e combater o gnosticismo, por ele denominado de “vãs sutilezas” (2:8), advertindo os crentes contra os falsos profetas que ameaçam o seu futuro espiritual.

6. Estilo literário do autor

Combativo em tom e abrupto em estilo, Colossenses tem uma semelhança próxima com Efésios em linguagem e assunto. Nenhum outro livro do NT apresenta mais completamente autoridade universal de Cristo ou a defende tanto cuidado, como nesta epístola.

7. Estrutura do livro

Quatro capítulos divididos em seis tópicos principais:

- Saudação – (1:1-12);
- A obra de Deus em Cristo – (1:13-23);
- Ministério de Paulo – (1:24-2:3);
- Exortação a que se guarde das falsas doutrinas – (2:4-23);
- A vida cristã – (3:1-4:6); e
- Conclusão – (4:7-18).

8. Ensinos importantes

- Cristo não só liberta, mas redime o homem do império do mal e do poder do pecado (1:13-14);
- Cristo, a imagem do Deus invisível – ( 1:15);
- Cristo é o Criador – (1:17);
- Jesus Cristo fez a expiação – (1:14-209,21);
- Cristo é o vencedor de todo o mal – (2:14-15);
- Os vícios que cativam os homens foram vencidos pelo Senhor Jesus – (3:5-10);
- A conduta diária é regulamentada pela vida de Cristo no crente – (3:12-17).

Colossenses



1. Nome

O nome deriva-se dos destinatários da epístola, os cristãos da cidade de Colossos.

2. Posição no Cânon

O embrião do cânon neotestamentário começou a ser formado em 150 dC,por Marcion e esta epístola já fazia parte da sua composição,bem como do fragmento Muratoriano, por volta de ano 175 dC.

3. Autoria

Paulo identifica-se com o escritor desta carta inspirada por iniciá-la com as palavras: “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, pela vontade de Deus, e Timóteo, nosso irmão, aos santos e irmãos fiéis em união com Cristo, em Colossos.” (1:1, 2) Que o apóstolo foi o escritor é também confirmado pelo cumprimento final, escrito pelo próprio punho dele. (4:18.).

4. Data

Estudiosos conservadores acreditam que esta carta foi escrita em sua primeira prisão romana, por volta de 61 dC., provavelmente no mesmo local e circunstâncias da escrita a Filemon

5. Propósitos da epístola

Paulo tinha ouvido de Epafras, ministro da igreja de Colossos, das virtudes edificuldades que daquela comunidade estava experimentando, então o apóstolo passa a interpelar e combater o gnosticismo, por ele denominado de “vãs sutilezas” (2:8), advertindo os crentes contra os falsos profetas que ameaçam o seu futuro espiritual.

6. Estilo literário do autor

Combativo em tom e abrupto em estilo, Colossenses tem uma semelhança próxima com Efésios em linguagem e assunto. Nenhum outro livro do NT apresenta mais completamente autoridade universal de Cristo ou a defende tanto cuidado, como nesta epístola.

7. Estrutura do livro

Quatro capítulos divididos em seis tópicos principais:

- Saudação – (1:1-12);
- A obra de Deus em Cristo – (1:13-23);
- Ministério de Paulo – (1:24-2:3);
- Exortação a que se guarde das falsas doutrinas – (2:4-23);
- A vida cristã – (3:1-4:6); e
- Conclusão – (4:7-18).

8. Ensinos importantes

- Cristo não só liberta, mas redime o homem do império do mal e do poder do pecado (1:13-14);
- Cristo, a imagem do Deus invisível – ( 1:15);
- Cristo é o Criador – (1:17);
- Jesus Cristo fez a expiação – (1:14-209,21);
- Cristo é o vencedor de todo o mal – (2:14-15);
- Os vícios que cativam os homens foram vencidos pelo Senhor Jesus – (3:5-10);
- A conduta diária é regulamentada pela vida de Cristo no crente – (3:12-17).

II Corintios




1. Nome

Deriva-se do nome dos destinatários, os Cristãos da cidade de Corinto.

2. Posição no Cânon

Antes de Marcion (145 dC) incluir está epístola em seu Cânon,dando-lhe autenticidade, ela já circulava amplamente nas igrejas cristãs onde tinha larga aceitação. É a terceira das treze epístolas paulinas.

3. Autoria


Não existem dúvidas razoáveis e respeito da paternidade literária de Paulo no que se refere a esta epístola. A segunda epístola aos Coríntios foi escrita no mesmo ano em que o foi a primeira, provavelmente seis meses depois.

4. Data

Paulo escreveu II Coríntios da Macedônia, durante seu caminho de volta a Corinto, em 55 ou 56 d.C., depois de encontrar-se com Tito que voltara de Corinto reportando-lhe como os cristãos coríntios haviam recebido a primeira carta.

5. Propósito da epístola

É o de reivindicar sua autoridade apostólica, especialmente quando a igreja de Corinto tinha sido invadida por falsos apóstolos que procuravam minar sua autoridade e desencaminhar os crentes do evangelho, que haviam recebido por seu intermédio. Seu propósito eram advertir sobre falsos apóstolos, que negavam a autoridade sua autoridade; defender seu apostolado; e, estimular os Coríntios a perseverarem

6. Estilo literário do autor

II Corintios é a mais autobiográfica das epístolas de Paulo, contendo inúmeras referências às dificuldades que ele enfrentou no curso de seu ministério.

7. Estrutura

A epístola contém treze capítulos e seu conteúdo consiste de três partes principais.

- Os primeiros sete capítulos contêm a defesa de Paulo sobre a sua conduta e o seu Ministério – (1:1-7:16);
- A segunda parte trata da oferta sendo levantada por Paulo para os santos pobres da Judéia – (8:1-9:15); e,
- A terceira parte contêm uma mensagem de reprimenda aos caluniadores existentes na igreja – (10:1-13:13).

8. Ensinos importantes

- O zelo missionário
- Exorta sobre a submissão à verdade divina., rejeitando as falsas doutrinas;
- Encoraja a igreja a enfrentar as provações;
- Estimula a fazer doações para os pobres da Igreja;
- Ensina a lidar com as circunstâncias e a depender de Deus, nas aflições;
- Ensina que sem a autoridade espiritual recebida por Deus, o obreiro não pode desempenhar o ministério de Cristo com eficácia;
- Que o autêntico líder coloca o ato de servir acima de seus interesses pessoais;
- Advertência que uma das responsabilidades do pastor é a disciplina da igreja, feita com amor, para que ela se desenvolva com saúde espiritual.

II Pedro



1. Nome

O nome deriva-se do seu autor: Simão Pedro, chamado Cefas.

2. Posição no Cânon

Esta segunda epístola de Pedro é a terceira das consideradas universais em nosso Cânon.

3. Autoria

Na saudação, Pedro identifica-se como o autor da carta. Mais adiante ele declara aos seus leitores que esta é a sua segunda epístola (2:1), indicando, assim, que está escrevendo aos mesmos crentes a quem dirigira a primeira carta.

Os eruditos modernos levantam sérias dúvidas quanto a autenticidade petrina, tendo em vista que seu estilo é completamente diferente da primeira.

4. Data

Provavelmente esta epístola foi escrita de Roma cerca dos anos 66 a 68 dC, e por seu conteúdo pode-se notar que o perigo da perseguição já havia passado.

5. Propósitos do livro

O tema desta epístola é o conhecimento. Pedro escreveu para exortar os crentes a buscarem com diligência a santidade de vida e o verdadeiro conhecimento de Cristo e para desmascarar e repudiar a atividade traiçoeira dos falsos profetas que agiam nas igrejas da Ásia Menor, pervertendo a verdade bíblica. Pedro destaca que nenhum texto bíblico pode ser interpretado à luz do conhecimento humano, pois o mesmo procede do Espírito Santo e somente Ele pode interpretar.

6. Estilo literário do autor

O próprio Pedro escreveu esta epistola empregando seu grego Galileu, ou valeu-se de um escriba menos hábil do que Silvano, tendo em vista que o grego desta não é tão fluente como o da primeira.

7. Estrutura do livro

São três capítulos divididos em cinco assuntos:

- Introdução – (1:1-2);
- O verdadeiro conhecimento da fé cristã – (1:3-21);
- Mestres falsos – (2:1-22);
- A parousia e a dissolução final – (3:1-18a); e
- Conclusão - Doxoloxgia – (3:18b)

8. Ensinos importantes

- Instrui os crentes a tomarem posse da vida de piedade mediante o verdadeiro conhecimento de Cristo;
- Exorta os crentes a buscarem a santidade de vida e o verdadeiro conhecimento de Cristo;
- Ensina que o crente deve buscar diligentemente a excelência moral, o conhecimento, a temperança, a perseverança, a piedade, o amor fraternal e a caridade, que levam a fé madura e ao verdadeiro conhecimento de Cristo;
- Adverte sobre os falsos profetas que surgem nas igrejas;
- Ensina sobre a autoridade das Sagradas Escrituras.

II João



1. Nome

Deriva-se do nome de seu autor: João, o apóstolo do amor.

2. Posição do Cânon

Em nosso cânon é a quinta epistola das sete denominadas católicas ou universais. Encontra-se depois de I João e antes da terceira epístola de João.

3. Autoria

Seu autor é João, o apóstolo do amor, o qual se identifica nesta epístola como o Ancião. No entanto, o reconhecimento da autoria de João foi questionada até o século IV, bem como a sua canonicidade. A tradição antiga é bastante forte em favor da autoria de João.

4. Data

Provavelmente foi escrita nos fins do primeiro século, entre os anos 80 a 100 dC,

5. Propósito da epístola

O conteúdo doutrinário desta segunda epístola de João determina o seu propósito e pouco difere da sua primeira epístola. Tem como tema a fidelidade cristã. Os propósitos da epístola são:

- Apontar o perigo do salvo menosprezar a humanidade de Jesus Cristo (v 7-8);
- Fortalecer os crentes no conhecimento de Cristo contra as insinuações dos ensinos gnósticos; e
- Ensinar a identificas os falsos mestres;

6. Estilo literário do autor

É um documento tipo carta dirigido a “Senhora eleita e seus filhos”, a qual pode ser interpretada como uma igreja local e seus membros ou simplesmente a uma viúva cristã de destaque.

Três são as características desta epístola. É o menor livro do NT. Tem semelhanças com I e III João, quanto a sua mensagem, vocabulário e o estilo simples de escrita. É um importante complemento à mensagem de III João como prevenção quanto a receber e ajudar obreiros estranhos ou desconhecidos.

7. Estrutura da epístola

A epístola possui onze versículos divididos em dois assuntos:

- Saudação – (1-3); e
- Exortações ao amor, à obediência, à vigilância, à recusa do erroz – (4-11).

8. Ensinos importantes

- Repudiar os falsos ensinos já denunciados na primeira epístola:
- Realçar a advertência sobre o perigo dos falsos mestres que negam a encaranção de Jesus Cristo; e que se afastam do evangelho;
- Que o amor cristão deve também incluir o discernimento entre a verdade e o erro, não dando apoio aos falsos mestres.

III João



1. Nome

Deriva-se do nome de seu autor: João, o apóstolo do amor.

2. Posição do Cânon

Em nosso cânon é a quinta epistola das sete denominadas católicas ou universais. Encontra-se depois de II João e antes da epístola de Judas.

3. Autoria

Seu autor é João, o apóstolo do amor. No entanto, o reconhecimento da autoria de João foi questionada até o século IV, bem como a sua canonicidade. A tradição antiga é bastante forte em favor da autoria de João.

4. Data

Provavelmente foi escrita nos fins do primeiro século, entre os anos 80 a 100 dC,

5. Propósito da epístola

O propósito é sobre assuntos de ordem administrativas mas que não deixa de observar no seu esboço primário considerações sobre influências gnósticas. João escreveu para dar testemunho de Gaio pela sua fiel hospitalidade e ajuda prestada aos féis obreiros viajantes. A nota de destaque se relaciona com a advertência indireta a pessoa de Diótrefes que hostilizava os verdadeiros obreiros e ainda não aceitava a liderança do apóstolo João sobre ele em sua comunidade e também preparar caminho para sua próxima visita pessoal.

6. Estilo literário do autor

Carta simples dirigida a um líder local chamado Gaio. Duas características principais sobressaem nesta epístola:

- Dá noção de várias facetas importantes da história da igreja primitiva; e
- Tem semelhanças notáveis com a segunda epístola

7. Estrutura da epístola

A epístola possui quatorze versículos divididos em cinco blocos:

- Introdução – (1-4);
- Encorajamento aos que trabalham pela verdade – (5-8);
- Reprovação aos inimigos da verdade – (9-11);
- Em louvor do testemunho da verdade – ( 12); e
- Conclusão: As resultantes certezas da vida – (13-14).

8. Ensinos importantes

- Traçar uma linha divisória entre a falsidade e a verdade;
- Elogia a hospitalidade e o apoio aos fiés obreiros.

I João

1. Nome

Deriva-se do nome de seu autor: João, o apóstolo do amor.

2. Posição do Cânon

Em nosso cânon é a quarta epistolo das sete denominadas católicas ou universais. Encontra-se depois de II Pedro e antes da segunda epístola de João.

3. Autoria

Seu autor é João, o apóstolo do amor. No entanto, o reconhecimento da autoria de João foi questionada até o século IV, bem como a sua canonicidade. A tradição antiga é bastante forte em favor da autoria de João.

4. Data

Provavelmente foi escrita nos fins do primeiro século, entre os anos 80 a 100 dC,

5. Propósito da epístola

Pode-se alinhar o conteúdo desta epístola observando os seguintes pontos:

- Mostrar a certeza que ele possuía a vida eterna (5:13):
- Esta certeza de vida eterna é identificada através dos verbos gregos “oida” e “ginosko”, traduzidos como “saber” e “conhecer”, respectivamente, os quais aparecem nada menos do que treze vezes nesta epístola (2:3); 5:29; 3:14; 16:19,24; 4:13, 16; 5:15,18-20);
- Outras expressões como retidão, luz e amor também são freqüentes nesta epístola. Expressões que determinam princípios para a vida dos seguidores de Cristo.

O conteúdo desta epístola determina em si o propósito com o qual esta foi escrita. Visava não somente recompor a fé dos discípulos de Senhor Jesus, o Deus Homem (1:1), mas também, contra-atacar os ensinos gnósticos.

6. Estilo literário do autor

João escreveu esta epístola como carta circular, enviando-a por um emissário pessoal, juntamente com suas saudações pessoais, onde o autor postula princípios sobre a retidão e o amor, bem como a cristologia.

7. Estrutura da epístola

A epístola possui cinco capítulos divididos em cinco blocos:

- Introdução – (1:1-4);
- A certeza obtida pelo caminhar na luz – (1:5-2:19);
- A certeza obtida pela permanência no amor – (3:1-7:21);
- A certeza mediante o exercício da fé – ( 5:1-12); e
- Conclusão: As resultantes certezas da vida – (5:13-21).

8. Ensinos importantes

- A obtenção da vida eterna, não através de argumentações teológicas, mas de provas baseadas na experiência pessoal;
- A certeza da vida eterna mediante o exercício da fé.

II Timóteo



1. Nome

Deriva-se do destinatário da epístola, Timóteo, um discípulo de Paulo

2. Posição no Cânon

Em nosso Cânon é a segunda das três epístolas denominadas pastorais, assim chamadas por terem sido escritas a pastores e pelo fato de conterem instruções quanto ao governo da Igreja. Há evidências históricas que esta epístola foi escrita após Tito.

3. Autoria

A tradição cristã atribui a autoria desta carta ao apóstolo Paulo.

4. Data

Partindo do princípio que Paulo é o autor desta carta, II Timóteo foi escrita dentro do período de 67-68 dC., quando se deu o último aprisionamento do apóstolo e sua morte

5. Propósito da epístola

Paulo estava em Roma e solicita a Timóteo uma visita urgente levando com ele o jovem discípulo Marcos. Temendo que o discípulo não chegasse a tempo, deixa mais instruções para este líder da Igreja em Éfeso.

6. Estilo literário do autor

Esta carta é considerada como um testamento do apóstolo Paulo, em ele diz que, segundo seu coração, eram seus últimos dias na terra. Foi escrita com o objetivo de instruir seu discípulo a guardar a fé e perseverar em Cristo Jesus

7. Estrutura da epístola

São quatro capítulos divididos em quinze tópicos:

- Saudações – (1:1-2);
- Timóteo o ministro ideal – (1:3-7);
- Necessidades do ministro defender o verdadeiro evangelho – (1:8-14);
- Exemplo de outro quanto a lealdade a Paulo – (1:15-18);
- O ministro ideal é soldado de Cristo – (2:1-7);
- O significado verdadeiro da vida – (2:8-13);
- Relações do ministro e suas reações contra as heresias – (2:14-19);
- O caráter e o ministério de ensino do ministro ideal – (2:20-26);
- Advertências contra os hereges – (3:1-9);
- Paulo,exemplo de dedicação – (3:10-13);
- Relações do ministro para com as escrituras – (3:14-17);
- Com o ministro cumpre seu ministério – (4:1-5);
- Paulo modelo de ministro ideal – (4:6-8);
- Questões pessoais relativas a Paulo – (4:9-18);
- Saudações e exortações finais – (4:19-22);

8. Ensinos importantes

- A continuidade da obra;
- Orientação ao pastorado e a Igreja;

I Timóteo


1. Nome

Deriva-se do destinatário da epístola, Timóteo, um discípulo de Paulo

2. Posição no Cânon

É a primeira das três epístolas denominadas pastorais, assim chamadas por terem sido escritas a pastores e pelo fato de conterem instruções quanto ao governa da Igreja. Nas versões da Bíblia em português situam-se entre as epístolas paulinas e a epístola a Filemon.

3. Autoria

Os pais da Igreja, tais como Clemente, Policarpo, Irineu, Tertuliano, Teófilo e ainda o Cânon Muratoriano admitem que esta epístola é de autoria dói apóstolo Paulo.

4. Data

Partindo do princípio que Paulo é o autor desta carta, I Timóteo foi escrita dentro do período de 62-28 dC.

5. Propósito da epístola

Os propósitos da epístola era o combate as heresias relacionadas a princípios gnósticos que admitem uma imensa linhagem de mediadores; a organização eclesiástica, onde é ressaltado o comportamento ético dos presbíteros; e, a piedade cristã.

6. Estilo literário do autor

Foi escrita com o objetivo de aconselhar e orientar os presbíteros às dificuldades emergentes no seio da igreja.

7. Estrutura da epístola

Tem seis capítulos divididos em dezesseis tópicos:

- Saudações – (1:1-2);
- Necessidades de refutar os falsos ensinamentos – (1:3-7);
- O uso apropriado da lei – ( 1:8-11);
- Paulo o ministro ideal e suas experiências – (1:12-17);
- A comissão de Timóteo – (1:18-20);
- A fé cristã é para todos – (2:1-7);
- A adoração pública e as mulheres – (2:8-15);
- Qualificações dos pastores – (3:1-7);
- A adoração pública e as mulheres – (4:1-5);
- Os adversários da Igreja – (4:1-5);
- O ministro ideal de Cristo – (4:6-10);
- O exemplo de um bom ministro – (4:11-16);
- A função do ministro quanto a grupos específicos – (5:1-2);
- As viúvas e a igreja – (5:3-16);
- Sustento e disciplina dos ministros – (5:17-25);
- Miscelâneas – (6:1-19);
- Exortações finais – (6:20-21).

8. Ensinos importantes

- Requisitos aos ministros;
- Comportamento para com as várias classes de cristãos.

Efésios



1. O nome

Deriva-se dos destinatários da epístola, os cristãos da cidade de Éfeso.

2. Posição no Cânon

É a primeira das epístolas da prisão. No Canos Marcionista era denominada “aos Laodicenses” , pois Marcion admita que esta carta era a suposta “epístola perdida” referida em Cl 4:16.

3. Autoria

Nesta carta a autoria paulina é bem explícita (1.1; 3.1). Muitos temas e expressões que são comuns em suas cartas anteriores são encontradas com frequência em Efésios. As semelhanças verbais com Colossences são surpreendentes.

A confirmação da autoria desta carta é autenticada pelo Cânon Muratoriano, em 175 dC. Os pais da Igreja, Irineu, Clemente de Alexandria, Orígenes e o historiador Eusébio afirmam que a autoria desta carta é do apóstolo Paulo.

4. Data

Essa é uma das quatro cartas que o apóstolo escreveu enquanto estava na prisão em Roma (59-62 d.C.). Com exceção de Filipenses, as demais foram escritas na mesma ocasião e enviadas pelo mesmo mensageiro, Tíquico (Efésios 6.21; Colossenses 4.7-9; Filemom 10-12).

5. Propósitos

O Evangelho das Regiões Celestiais. É uma visão dos propósitos divinos para o Igreja de Cristo na face da terra de uma maneira deslumbrante. Diz respeito a tudo aquilo que Deus fez através do trabalho histórico da pessoa de Seu Filho, Jesus Cristo. A carta aos Efésios ressalta a Igreja como corpo de Cristo

6. Estilo literário do autor

Esta carta é um dos documentos do NT em que as mais significantes e profundas revelações são expostas, tanto em relação aos propósitos divinos par a com os remidos, como também em relação a Igreja. A linguagem e o estilo de Efésios são certamente diferentes em alguns aspectos quando comparadas com outras cartas de Paulo. Não há nesta carta questões reais de confrontação como é comum em suas outras epístolas.

7. Estrutura da epístola

Tem seis capítulos divididos em quatro tópicos principais:

- Os elevados propósitos de Deus quanto ao destino humano – (1:1-3:21);
- Conseqüências práticas dos elevadas propósitos de Deus – (4:1-6:24);
- Recomendação sobre o portados da epístola – (6:21-22); e
- Benção final – 6:23-24).

8. Ensinos importantes

- Ensina que somos parte da Família de Deus, o Pai. Que somos membros do Corpo de Cristo, o Filho e que somos templo ou habitação do Espírito Santo;
- Ensina a viver em unidade mesmo no meio de grande diversidade;
- Ensina a viver em pureza e amor no nosso dia a dia, nos submetendo uns aos outros, especialmente nas
- Exorta aos irmãos a se revestirem da armadura espiritual provida por Deus e combaterem contra as forças do mal que dominam o mundo;
- Orienta os crentes a enfrentar e vencer a batalha espiritual contra as hostes de Satanás;
- Ensina o enchimento do Espírito Santo dentro do contexto de santidade na vida cristã.

I Corintos




1. Nome

Deriva-se do nome dos destinatários, os Cristãos da cidade de Corinto.

2. Posição no Cânon

Esta epístola desfruta de um conceito acentuado no Cânon dos livros sagrados desde os primórdios do cristianismo. Consta das primeiras coletâneas dos escritos Paulinos. É a quarta epístola na ordem dos escritos de Paulo, vindo logo após de Gálatas, I e II Tessalonicenses.

3. Autoria

“Paulo, chamado a ser apóstolo de Jesus Cristo, por vontade de Deus, e Sóstenes, o irmão’’ (1:1). Estes são os remetentes da carta. Provavelmente Paulo ditou e Sóstenes escreveu.

4. Data

Foi escrita por ocasião da visita de Paulo a Éfeso, durante sua terceira viagem missionária, em 55 dC., aproximadamente, e enviado por intermédio de Tito.

5. Propósito da epístola

Os erros doutrinários bem como a conduta moral que surgiram no seio da Igreja de Corinto estavam ameaçando a vida da comunidade cristã. Esta carta visava a correção desses erros, tais como a purificação da igreja, das facções espirituais e da imoralidade, foi a causa primordial da escrita da carta.

6. Estilo literário do autor

É um escrito clássico no gênero epistolar, que preserva o padrão da ética cristã. É uma explanação do pensamento do autor sobre várias situações concretas. É um escrito ocasional para ser passado de mão em mão.

7. Estrutura

Contém dezesseis capítulos com cinco divisões principais:

- Saudações e ação de graças – (1:1-9);
- Censura de vários abusos – (1:10-6:20);
- Resposta à carta que fora enviada a Paulo – (7:1-14:40);
- A ressurreição do corpo – (15:1-58); e
- Conclusão – (16:1-24).

8. Ensinos importantes

No referente a ensinos, a epístola trata de vários assuntos práticos

- Instruções sobre o uso dos dons espirituais;
- Ensino sobre a ressurreição dos mortos;
- Advertências sobre a imoralidade sexual e as relações sexuais ilícitas;
- A importância da celebração da ceia;
- Adverte sobre a participação em alimentos oferecidos aos ídolos;
- O comportamento nos serviços da Igreja.


A unção



“... e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam.”(Marcos 6:13)


Temos ouvido diversas expressões como: "estou na unção", "fui ungido", "ungi minha casa", etc. Esta prática da unção tem sido muito difundida em nossos dias, e muitos tem se utilizado da unção com óleos, que se dizem ser consagrados, e que propõem em si mesmos, bênçãos, curas, e até mesmo uma consagração especial do indivíduo a Deus. Vemos a separação dos que "estão na unção", e os que não estão. Segundo os que se utilizam desta prática, o costume é bíblico e está de acordo com os ensinamentos bíblicos. Mas o que a Bíblia diz sobre esse assunto?

Quando olhamos para o Antigo Testamento, vemos a prática da unção com óleos, como um costume entre o povo hebreu. Encontramos vários tipos de unção. Porém nos deteremos na unção feita para a consagração de coisas ou indivíduos. No Antigo Testamento, pessoas e coisas eram ungidas como significado de serem consagradas a Deus (Ex 30:22-33). Vemos a unção de objetos (Gn 28:18), A unção de reis (Jz 9:8; II Sm 2:4; I Rs 1:34), de sacerdotes (Ex 28:41), de profetas (I Rs 19:16). A unção era algo considerado importante, e o ritual não podia ser usado em uma ocasião comum. O povo tinha respeito pela cerimônia e por aquele ou aquilo que era ungido, sendo considerado santo, separado para Deus (Êx 30:22-33; II Rs 9:11-13). A unção era um ato determinado por Deus (I Sm 10;1), e era considerado um favor de Deus (Sl 23:5; 92:10), ou uma nomeação para uma função especial do propósito de Deus (Sl 105:15).

Na unção era determinada a capacitação para o serviço ou função a se desempenhar. Sempre estava ligada ao Espírito de Deus (I Sm 10:1-9; 16:13; Is 61:1; Zc 4:1-14). No Novo Testamento encontramos o enfraquecimento desta prática, limitando-se a unção a uso medicinal (Lucas 10:34) e de purificação (Jo 11:55-12:7). Apenas em um texto isolado de Tg 5:14, a unção com óleo representa ou simboliza a presença de Deus no ambiente. Vemos porém que o uso da palavra "ungir" no grego é representada pelo termo "aleípho" que quer dizer friccionar, esfregar. O que Tiago quer dizer é: “Use o óleo como remédio e ore para que Deus, que está presente, abençoe com a cura”. O próprio Tiago afirma no v. 15, que a "oração do justo salvará o doente", delegando a cura à oração e não ao óleo.

Vemos contudo, que no N.T., o Espírito Santo de Deus é quem unge os indivíduos, separando-os para obra do ministério. Paulo afirma que quem nos ungiu foi Deus por intermédio do seu Espírito (II Co 1:21) e que recebemos a unção no dia em que cremos em Jesus (Ef 1:13). Em João 14.17, esse mesmo Espírito, que nos ungiu, estará conosco para sempre. Todos os crentes são sacerdotes, mediante a unção do Espírito Santo (I Pe 2:9). João afirma que nós temos "a unção que vem do Santo" (I Jo 2:20). No evangelho de Marcos, Jesus é reconhecido como o Santo de Deus (Marcos 1:24). João afirma que o Espírito é a unção (I Jo 1:27), e que ele nos ensinaria a distinguir entre o erro e a verdade (Jo 16:13).

Concluímos, pois, que essa prática da unção com óleo, pode até ser relacionada com textos bíblicos do Antigo Testamento, porém nada tem a ver com o conteúdo doutrinário do Novo Testamento, quando vemos que cada crente é ungido pelo Espírito Santo de Deus, e se torna santo, separado, para a sua obra .

Gálatas

1. Nome

O nome deriva-se do destinatário da epístola, os cristãos da região da Galácia.

2. Posição no Cânon

A epístola aos Gálatas ocupa a quarta posição dos escritos clássicos de Paulo, porém, cabe salientar que a epístola foi a primeira das quatro a ser escrita. As outras três seriam Romanos, I e II Coríntios.

3. Autoria

Já no primeiro versículo da carta o autor se identifica como sendo Paulo, apóstolo., e ainda apresenta um pequeno esboço de sua biografia nos textos 1:11 e 2:14, o qual se harmoniza com Atos 7:58 e 15:30.

4. Data

A data mais provável seria entre os anos 49-50 dC por ocasião de sua primeira viagem missionária.

5. Propósito da epístola

Em Gálatas está a ênfase de que o crente é salvo pela fé, pois o homem não é justificado pelas obras da lei, e sim, mediante a fé em Cristo Jesus, porque o justo viverá pela fé. Paulo visava frontalmente aos legalistas judaizantes que queriam que os crentes se fizessem judeus para serem salvos e como Paulo apresentava o evangelho destituído de toda a roupagem mosaica, eles o tinham como impostor e herege. Paulo era totalmente contrário aos costumes mosaicos, tendo enfrentado até o próprio Pedro por causa disto.

6. Estilo,literário do autor

Paulo escreveu esta carta de seu próprio punho. E dá um esboço de todo e qualquer compromisso com a lei mosaica. É considerada como a “Carta Magna da Liberdade Cristã”. Visava, em principio, combater o legalismo introduzido no seio da Igreja da Galácia pelos judaizantes.

7. Estrutura da epístola

São seis capítulos divididos em quatro assuntos principais:

- Introdução – ( 1:1-9);
- A autoridade de Paulo e a autenticidade de sua mensagem – (1:1-2:21);
- O caminho da salvação –(3:1-4:31); e
- O caminho da liberdade - )5:1-6:10).

8. Ensinos importantes

- A mensagem da salvação em cristo, de graça, mediante a fé;
- A recomendação de que nenhum ensino estranho, venha de onde vier, entre na igreja.

Tito




1. Nome

Deriva-se do destinatário da epístola, Tito, pagão de origem, era discípulo de Paulo, do qual recebeu missões particulares, tendo-as executado fielmente.

2. Posição no Cânon

Em nosso Cânon é a terceira das três epístolas denominadas pastorais, assim chamadas por terem sido escritas a pastores.

3. Autoria

A tradição cristã atribui a autoria desta carta ao apóstolo Paulo, tendo em vista que Tito era um intimo colaborador seu durante a evangelização de Creta.

4. Data

Partindo do princípio que Paulo é o autor desta carta, Tito foi escrita dentro do período de 67-68 dC., quando se deu o último aprisionamento do apóstolo e sua morte

5. Propósito da epístola

É assegurar que homens capacitados ocupassem as funções de pastores. Como Tito estava encontrando dificuldades para organizar igrejas, Paulo escreve-lhe fornecendo instruções úteis para superar suas dificuldades.


6. Estilo literário do autor

Aconselhamentos, orientação e Instruções pastorais

7. Estrutura da epístola

São três capítulos divididos em oito tópicos:

- Saudações – (1:1-4);
- Qualificações dos anciãos – (1:5-8);
- Dever dos supervisores em combater os falsos ensinos – (1:9-16);
- Deveres dos supervisores quanto as suas congregações – (2:1-10);
- Conduta dos supervisores em face a volta de Cristo – (2:11-15);
- A conduta cristã ideal em relação ao mundo – (3:1-7);
- A conduta cristã deve ser demonstrada nas obras – (3:8-11);
- Instruções e saudações finais – (3:12-15).

8. Ensinos importantes

- A continuidade da obra;
- Orientação ao pastorado e a Igreja;
- Ensino dos féis segundo o nível de cada um;
- Escolha dos ministros.

Romanos



1. Nome

Os destinatários da carta são os cristãos que estão em Roma.

2. Posição no Cânon

O mais antigo esboço do Cânon Neotestamentário consiste numa coleção de dez epístolas Paulinas, conforme eram aceitas por Marcion, um herege dos anos 150 dC, na seguinte ordem: Gálatas, I e II Coríntios, Romanos, I e II Tessalonicenses, Efésios, Colossenses, Filemon e Filipenses e uma outra forma mutilada do evangelho de Lucas.

O Cânon Muratoriano de 175 dC. Apresentava uma ordem diferente, mas também incluía a carta aos Romanos que vinha em penúltimo lugar.

3. Autoria

Conforme declarações dos pais da Igreja, Clemente Romano, Irineu e o bispo Policarpo de Esmirna, reconhecem que o autor desta carta é o apóstolo Paulo.

4. Data

É provável que esta carta tenha sido escrita durante a sua terceira viagem a Corinto, onde certamente tomou conhecimento das dificuldades daquela comunidade cristã na cidade de Roma. A data mais provável em que Paulo escreveu a epístola aos Romanos, situa-se entre os anos 55-56 dC;

5. Propósitos da carta

Os argumentos de Paulo sobre a justificação pela fé, principalmente nos primeiros cinco capítulos, são de natureza apologética e visava os judaizantes que procuravam perturbar a ordem da igreja em Roma.

6. Estilo literário do autor

É a espinha dorsal da teologia do NT. Não só expressa a teologia paulina como determina o pensamento teológico da Igreja Cristã. Esta carta tem dois pilares fundamentais do pensamento paulino; A natureza fundamental da obra de Cristo; e, a base e a posição do homem diante de seu criador.

7. Estrutura da epístola

Possui dezesseis capítulos divididos em cinco tópicos principais:

- Introdução e tema – (1;1-17);
- Necessidade do evangelho – (1:1-3:20);
- Argumentações sobre a justificação – (2:21-8:39);
- Resposta a segunda objeção que a justificação anula as promessas de Deus –( 9:1-11:36)
- Exortações práticas – (12:1-16:27).

8. Ensinos importantes

- É uma epístola de carater doutrinário;
- Dá ênfase ao arrependimento e a fé;
- Uma breve declaração do plano da salvação;
- Justificação pela fé, a qual produz santificação;
- Responsabilidade social;
- Eleição soberana de Deus;
- Esperança da salvação.

Tiago





1. Nome

A epístola leva o nome de seu autor: Tiago, irmão do Senhor.

2. Posição no Cânon

É a primeira das sete epístolas católicas ou universais. Vem antes de I Pedro e depois de Hebreus.

3. Autoria

A dificuldade sobre a autoria desta epístola é que existem vários Tiagos relacionados no NT:

- Tiago, irmão do Senhor – (At 12:17 e 15:13; Gl 1:19);
- Tiago, filho de Zebedeu, decapitado por Herodes Agripa I, em 44 dC – (At 12:2);
- Tiago, filho de Alfeu, um dos doze – (MT 10:13; Mc 3:18; Lc 8:15; At 1:13);
- Tiago, o menor – (Mc 15:40; MT 27:56; Lc 24:10); e
- Tiago, irmão de Judas (Jd 1).

Tiago, meio irmão de Jesus e dirigente da igreja de Jerusalém é geralmente tido como o autor desta epístola. Seu discurso no Concílio de Jerusalém (At 15:13-21), bem como as descrições dele em outras partes do NT o indicam como o provável autor da epístola que leva o seu nome (cf. At 12:17; 21:18; Gl 1:19; 2:9, 12; I Co 15:7).

4. Data

É provável que Tiago tenha escrito esta epístola durante a década de 40 dC, mais precisamente no ano 48 dC. Os que crêem que foi outro Tiago o autor estimam a data da composição da carta nos anos 70-90 dC., mas o historiador Flávio Josefo escreveu que Tiago, irmão de Jesus, foi martirizado em Jerusalém, em 62 dC.

5. Propósitos da epístola

Os propósitos não são essencialmente teológicos. Os pensamentos são de ordem ético-cristã, tais como o mundanismo, a riqueza e seus excessos. Tem como meta três propósitos: Encorajar os crentes judeus que enfrentavam várias provações, que punham sua fé à prova; corrigir crenças errôneas a respeito da natureza da fé salvífica; e, exortar e instruir os leitores concernentes ao resultado prático da sua fé na vida de retidão e nas boas obras.

6. Estilo literário do autor

É um documento em que algumas idéias judaico-cristãs são expressas o que facilita a compreensão da mensagem da epístola. Os temas não se relacionam entre si e não há uma ordem lógica dos pensamentos. Foi escrita para uma comunidade maior que uma igreja local. É provável que tenha sido o primeiro livro do NT a ser escrito.

7. Estrutura do Livro

Tem cinco capítulos onde encontra-se um esboço com vinte e três itens:
- Saudação – (1:1)
- O teste da fé – ( 1:2-4);
- Deus responde à oração e dá sabedoria – (1:5-8);
- A futilidade das riquezas – (1:9-11);
- Promessa aos vencedores – (1:12);
- A tentação ao mal não vem de Deus – (1:13-15);
- Todas as coisas boas procedem de Deus – (1:16-18);
- Contra a ira e ao mau pensamento – (1:19-21);
- O “fazer” adicionado ao “ouvir” – (1:22-25);
- O abuso da língua – ( 1:26);
- Definição da verdadeira religião – (1:27);
- Contra o respeito humano – (2:1-13);
- Fé e obras. Opostas e unidas – (2:14-26);
- Os males da língua – (3:1-12);
- A sabedoria mundana – (3:13-18);
- Reprimenda contra os desejos mundanos – (4:1-10);
- Mais males da língua – (4:11-12);
- Confiança na providência – (4:13-16);
- O pecado da omissão – (4:17);
- Desgraça espiritual dos ricos – 5:1-16);
- A parousia e a paciência cristã – (5:7-11);
- Contra os juramentos – (5:12); e
- Conduta na tristeza e na alegria – (5:13).

8. Ensinos importantes

- Ensina os crentes a serem praticantes da Palavra e não apenas ouvintes;
- Adverte contra a pecaminosidade de uma língua indomável;
- Adverte contra a riqueza egocêntrica, a vida presunçosa,, a sabedoria carnal;
- Exorta à paciência, à oração e a restauração dos desviados;
- Destaca o relacionamento entre a verdadeira fé e a vida piedosa, pelo amor ao próximo;
- Aconselha a manter a língua sob rígido controle;
- Ensina a buscar sabedoria em Deus;
- Ensina a tratar com firmeza e justiça as desigualdades sociais;
- Adverte quanto à resistência as tentações; e
- Suportar com alegria as provações e tirar proveito delas.

Hebreus



1. Nome

É o nome dos destinatários da epístola, os cristãos judeus da dispersão.

2. Posição no Cânon

O livro de Hebreus é a primeira epístola depois das epístolas Paulinas, isto por se achar na antiguidade que ela pertencia a Paulo. Encontra-se nas versões em português antes das epístolas universais e após Filemon.

3. Autoria

O escritor não se identifica no título original, nem através do livro, embora fosse bem conhecido dos seus leitores (13:18-24). Sua tendência literária se distancia dos demais escritores do NT. A opinião de que Paulo tenha sido seu autor, não tinha aceitação até o século V. Orígenes, ao citar o livro, falava como se fosse de Paulo, mas, ao dar sua opinião dizia que “só Deus sabe quem escreveu esta epístola”. Têm sido citados outros nomes como possíveis autores, entre eles, Barnabé, Apolo e Lucas. Clemente Romano acreditava que Paulo escrevera em hebraico e Lucas traduzira o texto para o grego. Ultimamente, no século XIX, Silvano apareceu como o mais novo e provável autor desta carta.

4. Data

“A epístola foi escrita já na segunda geração de cristãos (2:1-4); e decorrido um intervalo considerável de tempo, após a conversão dos destinatários (5:12); haviam já esquecidos dos dias passados (10:32); e os seus dirigentes tinham morrido (13;7); Timóteo tinha estado na prisão (13:23); mas continuava vivo e havia sido posto em liberdade; as alusões ao sacerdócio implicavam que o Templo estava em pé; a perseguição era eminente (10:32-36 e 12:4)”. Baseado nestes dados o livro teria sido escrito em meados dos anos 60-70 dC.

5. Propósitos do livro

O livro foi escrito para os cristãos judeus que estavam sob perseguição. O escritor procura fortalecê-los na fé em Cristo, demonstrando a superioridade e finalidade da revelação e redenção de Deus em Cristo Jesus. Adverte o livro, para que os cristãos não voltem às formas do culto antigo e mantenham-se firmes na confissão de Cristo até o fim.

6. Estilo literário do autor


No NT é único na sua composição. O livro “começa como um tratado, desenvolve-se como um sermão e termina como uma carta” (Orígenes). É o texto mais refinado do NT, com um grego do estilo clássico. É o único livro do NT que desenvolve o conceito do ministério sumo sacerdotal de Jesus. A palavra chave no livro é “melhor”. Em Cristo temos: uma melhor revelação (1:1-4); uma melhor esperança (7:19); um melhor sacerdócio (7:20); um melhor concerto (8:6); uma melhor promessa (8:6); um melhor sacrifício (9:23); Uma melhor possessão (10:34); um melhor país (11:16); uma melhor ressurreição (11:35).

7. Estrutura do livro

Possui treze capítulos divididos em quatro partes:

- A revelação de Deus no Filho – 91:1-2a);
- Natureza e perfeição do filho – (1:2b-10:18);
- A revelação de Cristo é completa – (10:19-12:32);
- Exortações, saudações pessoais e conclusão – (13:9-24).

8. Ensinos importantes

- Ensina sobre a superioridade do sacerdócio de Cristo;
- Ensina que Cristo ofereceu de uma vez por todas sua própria pessoa sem pecados como o sacrifício perfeito
- Adverte sobre as conseqüências do abandono da fé ou do endurecimento do coração pela incredulidade;
- Admoesta à perseveração na salvação, na fé, no sofrimento e na santidade.
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